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Prefeitura diz que até 2014 vai contratar mais médicos

Secretário diz que serão 2.400 a mais; organizações sociais terão mudanças

Já a gestão Gilberto Kassab (PSD) aponta que número de profissionais cresceu durante seu mandato

DE SÃO PAULO

O secretário da Saúde, José de Filippi Júnior, reconhece o problema da falta de médicos na rede municipal e diz que o déficit hoje é de 2.800 profissionais na cidade, mesmo com o aumento médio registrado desde 2009.

De acordo com ele, a gestão de Fernando Haddad (PT) pretende contratar 2.400 médicos até o início de 2014. O edital do concurso será publicado em até duas semanas.

A gestão Haddad disse que 194 unidades de saúde, que ficam em áreas de alta vulnerabilidade social, também estão aptas a receber profissionais pelo programa Mais Médicos, do governo federal.

A pasta realiza agora um levantamento da carência de médicos nesses locais.

O secretário também afirmou que as cláusulas de remuneração dos contratos com as OSs (Organizações Sociais) estão sendo revistas.

Atualmente, as entidades recebem o mesmo valor todos os meses, mesmo se não tiverem cumprido as metas.

"Há OSs com unidades em que faltam médicos em seis das sete equipes de saúde da família e elas recebem todo o dinheiro, como se estivessem com o quadro completo."

As OSs passarão a ser punidas com desconto nos repasses se não cumprirem o que está no contrato.

O secretário disse ainda que a partir da próxima quarta-feira a prefeitura passará a centralizar a divulgação das ofertas de vagas de todas as OSs e, assim, tentar acelerar as contratações dos profissionais necessários em cada uma.

Outra mudança já realizada, segundo ele, é a realocação de médicos em plantões de emergência com "buracos". A prefeitura passou a monitorar todos os dias a quantidade de médicos em hospitais e AMAs e, quando há falta de profissionais, tenta escalar outro para o local.

Segundo ele, a prefeitura já identificou que a zona leste é a área mais problemática para fixar profissionais, mas ainda não analisou os motivos.

"Uma das hipóteses é que o extremo leste é muito denso [em população] e, por isso, há maior dificuldade de acesso. Há mais trânsito, o metrô é mais lotado", diz Filippi.

Segundo o secretário, algumas OSs do extremo sul contrataram serviços de van para ajudar na locomoção dos funcionários e a ideia poderá ser replicada na zona leste.

Funcionários de unidades da região ouvidos pela Folha relataram que a violência também afasta profissionais.

GESTÃO KASSAB

A gestão Gilberto Kassab (PSD) ressaltou que o número de médicos cresceu em todas as outras regiões da cidade. Entre 2005 (início da primeira gestão) até 2012 (final da última) houve aumento de 66,1% no número de profissionais de toda a rede.

Na zona leste, além de um novo hospital na região, o número de unidades de saúde aumentou de 9 (em 2004) para 18 (2012) no Itaim Paulista.

"E mais: o número de equipes de Saúde da Família passou de 722 para 1.225 entre 2005 e 2012. Nesse período, foram entregues 120 AMAs e 19 AMAs Especialidades. Na prática, as unidades de saúde passaram de 545 para 946, quase o dobro", disse a nota da assessoria do ex-prefeito.


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