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Governo admite rever ampliação de curso de medicina

Após críticas, ministro de Dilma diz ser vista com 'simpatia' ideia de substituir tempo extra de graduação por residência

Nova proposta permite que aluno escolha área para trabalhar no SUS, em vez de ser obrigado a atuar na atenção básica

JOHANNA NUBLAT FLÁVIA FOREQUE DE BRASÍLIA

Após críticas e protestos de médicos, políticos e universidades, o governo federal já admite rever a decisão de incorporar dois anos de serviço no SUS ao curso de graduação de medicina --implantada há apenas duas semanas por medida provisória.

Segundo o ministro Aloizio Mercadante (Educação), o governo vê "com simpatia" proposta preliminar de um comitê de especialistas de manter o curso de medicina com os atuais seis anos, tornando obrigatório o início da residência médica após a formatura.

A ideia, diz Mercadante, será detalhada pelo comitê até a próxima semana.

Ela prevê que os dois anos iniciais da residência sejam prestados na rede pública, mas permite que os formandos escolham a área de especialidade. Pelo plano original do governo, eles deveriam atuar no SUS especificamente na atenção básica.

Hoje, a residência médica é optativa e as vagas são insuficientes para atender a quantidade de formandos.

Como informou a Folha no dia 19, a criação de vagas de residência como alternativa à ampliação do curso já havia sido apresentada pela Abem (Associação Brasileira de Educação Médica) e considerada viável no governo.

A proposta agora divulgada contradiz um dos pontos centrais do programa Mais Médicos lançado pela presidente Dilma Rousseff, que pretendia que os dois anos no SUS fossem prestados em postos de saúde e no Samu.

O programa foi um dos cinco "pactos" sugeridos pelo governo Dilma a prefeitos e governadores para responder à onda de protestos de junho.

A proposta também contradiz o discurso do ministro Alexandre Padilha (Saúde), que defende os dois anos extras como forma de o médico se dedicar à atenção básica, antes da especialização.

Ontem ele disse que "o debate vai para o CNE [Conselho Nacional de Educação]".

O governo também recebeu propostas de ampliar o contato do aluno com a rede básica já na graduação, evitando a extensão do curso.


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