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Homicídios caem e roubos aumentam em São Paulo

Pelo 3º mês seguido, assassinatos recuaram --10% no Estado e 12% na capital

Apesar da interrupção em escalada de mortes, crimes como latrocínios e roubos cresceram em junho e no semestre

AFONSO BENITES DE SÃO PAULO

O Estado de São Paulo teve pelo terceiro mês seguido queda nos casos de homicídios dolosos (intencionais).

A redução em junho foi de 10,3% em relação ao mesmo mês do ano passado. O número de ocorrências caiu de 396 para 355. Na capital paulista, houve recuo de 12,3%.

Já outros dois crimes que assustam a população e foram postos como prioridade de combate pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB) tiveram piora: roubos e latrocínios (assaltos com morte).

As estatísticas foram divulgadas ontem pela Secretaria da Segurança Pública.

A redução de homicídios nos últimos três meses indica que foi interrompida a escalada desse crime em São Paulo --que teve oito meses seguidos de alta, até março.

A partir do segundo semestre de 2012, houve uma crise na segurança pública, que acabou com 2.896 vítimas de homicídios, incluindo quase uma centena de policiais.

A principal razão para essa série de assassinatos, segundo a polícia e especialistas, foi uma rixa entre a organização criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) e a Polícia Militar.

É por isso que, no balanço de janeiro a junho, os homicídios subiram 2,33% no Estado e 4,9% na cidade --devido à piora no início do ano.

Mas a tendência para os próximos meses é de redução, até devido ao alto número de vítimas do segundo semestre do ano passado.

ROUBO E LATROCÍNIO

O aumento de roubos no Estado foi de 9,3% em junho e de 1,34% no primeiro semestre deste ano --sempre em relação a igual período de 2012.

Os latrocínios saltaram 20% no mês passado e 14% no acumulado do semestre.

"São crimes que temos trabalhado muito para reduzir. Mas essa redução não se dá da noite para o dia. Não é mágica", afirmou Fernando Grella Vieira, secretário da Segurança Pública.

Em 12 dos últimos 18 meses, os latrocínios subiram no Estado. O secretário cita, entre as ações para redução desses crimes, a repressão à circulação de armas e a melhoria da investigação.

Para José dos Reis Santos Filho, coordenador do Núcleo do Estudos sobre Situações de Violência e Políticas Alternativas da Unesp de Araraquara, essas seguidas altas preocupam e precisam ser analisadas pelas autoridades.

"Em tese, o latrocínio é o roubo que deu errado. Mas, ao que parece, essa série de repetições nos faz pensar que o ladrão já inclui o homicídio como parte do roubo. Ele vai roubar e, para não ter testemunhas, também vai matar."


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