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Análise - Segurança pública

Queda de homicídios precisa ser relativizada

Registros voltam ao patamar em que estavam antes da guerra entre PM e bandidos; roubos são má notícia para Alckmin

ALAN GRIPP EDITOR DE "COTIDIANO"

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) comemora a queda dos homicídios, indicador universalmente aceito para medir o nível de violência.

O tucano, candidatíssimo à reeleição, levará o dado consigo para onde for, usando-o sem parcimônia toda vez que for instado a comentar um crime em São Paulo.

O número, porém, deve ser olhado com cuidado. Sim, a violência caiu no Estado. Mas, olhando em perspectiva, o mais correto é dizer que ela refluiu, voltando ao patamar em que estava antes do turbulento ano de 2012.

No ano passado, foram registrados, em média, 403 casos de homicídio --um registro pode incluir mais de uma morte-- por mês no Estado.

Nos primeiros seis meses deste ano, a média de casos foi de 373, patamar mais próximo dos anos anteriores.

O ponto fora da curva em 2012 se deu em razão de uma guerra não declarada entre policiais e criminosos, que culminou com a substituição do secretário da Segurança --Antonio Ferreira Pinto por Fernando Grella Vieira.

Em seu favor, Grella pode dizer que reduziu as mortes cometidas por policiais, impactando as estatísticas de homicídios em geral.

Mesmo que tenha conseguido essa façanha de maneira torta, com a confusa resolução que na prática proibia a PM de socorrer feridos a bala.

A pior notícia para Alckmin é o segundo aumento consecutivo dos roubos, crime que afeta diretamente a sensação de segurança.

O crime assusta e puxa consigo a estatística de latrocínios, a morte em consequência do roubo --ou, como gostam de dizer especialistas, o assalto que não deu certo.


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