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Dominguinhos é enterrado ao som de sucessos de sua carreira
Artistas como Elba Ramalho e Nando Cordel prestaram homenagem
O velório e o enterro do cantor, compositor e sanfoneiro Dominguinhos se transformou numa grande homenagem à sua carreira, ontem, em Recife.
O pernambucano morreu na terça-feira (23), em São Paulo, em consequência de um câncer de pulmão.
Alguns dos que foram à Assembleia Legislativa de Pernambuco, onde o corpo foi velado, empunharam sanfonas e cantaram clássicos do seu repertório como "De Volta Pro Aconchego" e "Eu Só Quero Um Xodó".
Emocionados, participaram da última homenagem cantores como Geraldo Azevedo, Elba Ramalho, Alcimar Monteiro, Cezzinha, Cristina Amaral, Nando Cordel, Genival Lacerda e Israel Filho.
O músico Camarão, 73, chorou abraçado à sanfona.
"Não tenho palavras para traduzir o quanto ele é amado pelo povo", disse Elba.
Até o padre que celebrou a cerimônia durante o velório se rendeu às homenagens e cantou "Ave Maria Sertaneja", de Luiz Gonzaga. Centenas de fãs chegaram ainda de madrugada para o velório, que durou sete horas.
Enquanto a fila seguia, o público fotografava e exibia discos de Dominguinhos. Os fãs paravam apenas para acompanhar o coral que cantava as músicas que imortalizaram o sanfoneiro.
No fim da tarde, o caixão com o corpo de Dominguinhos seguiu num caminhão do Corpo de Bombeiros em cortejo até um cemitério em Paulista, na Grande Recife.
Na entrada do local, cerca de cem pessoas receberam o caixão com mais forró e baião. O artista foi enterrado às 18h45, sob uma chuva de pétalas.
Dominguinhos deixa dois filhos --Mauro Moraes, 53, filho do primeiro casamento, e Liv Moraes, filha do último.