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Antônio Thomaz Pacheco Lessa Júnior (1928-2013)

Trouxe à vida mais de 5.000 bebês

ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO

Antônio Thomaz Pacheco Lessa Jr. foi obstetra e, como tal, não escapava de realizar partos de madrugada. Quando isso acontecia, era a mulher, Egle, quem primeiro pulava da cama. Lessinha, como o chamavam, não dirigia.

Por isso, a mulher sempre o levava ao hospital. Lá chegando, ela ficava no carro, rezando para que tudo desse certo.

Nascido em Ribeirão Preto (SP), ele só passou o primeiro mês de vida lá. Seu pai era gerente de banco e se mudava constantemente de cidade.

Cresceu em Bebedouro (SP) e fez medicina no Rio, onde se formou em 1952. Tinha decidido atuar em Ribeirão assim que terminasse os estudos. Mas a morte do irmão (um estudante de direito da USP de 21 anos) num acidente de avião alterou seus planos.

Quis ficar perto dos pais, que na época viviam em Santos. Lá, trabalhou na Santa Casa, onde foi chefe da clínica cirúrgica, teve um consultório, chefiou o pronto-socorro municipal, ajudou a fundar a Unimed e a Casa de Saúde e presidiu a Associação dos Médicos de Santos, em 1968.

Calculava ter feito mais de 5.000 partos em Santos. Costumava ser reconhecido na rua por pacientes e homenageado por seu trabalho.

Dono de um humor fino, segundo a família, era piadista. E adorava viajar com a mulher. Conheceu Egle, professora de francês, na infância.

Quando estudante, mandava cartas para ela, chamando-a de "Costelinha", pois dizia sentir que ela fazia parte dele.

Quando ficou viúvo em 2010, falava que queria "ir embora" para ficar com a mulher.

Morreu no sábado (20), aos 84, devido a uma isquemia. Teve quatro filhos e dois netos.


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