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Mães dizem se 'encantar' e rebatem as críticas
Já blogueira combate educação de 'princesa'
As mães que matriculam suas filhas na Escola de Princesas de Uberlândia, independentemente de críticas de grupos em redes sociais, afirmam se encantar com o sistema e o resultado.
A engenheira Vanessa Fidélis afirmou não considerar que o aprendizado de princesa leve a sua filha --Ana Luísa, de sete anos-- a um comportamento retrógrado.
"Vejo como uma prática de respeito aos valores morais e aos mais velhos", afirmou.
Já Patrícia Fonseca, 42, mãe de Beatriz, 7, mostrou-se fascinada com o resultado da passagem de sua filha pelo "castelo" da cidade do Triângulo Mineiro.
"A maneira como ela se senta à mesa e fala com as pessoas mudou", disse. "Agora demonstra mais respeito e delicadeza."
Patrícia também afirmou acreditar que as fantasias de princesas são "importantes no fortalecimento psicológico das meninas".
No blog Ludreams, a jornalista Ludmila Pizarro questionou a utilização dessas fantasias na prática cotidiana.
"Como dosar o acesso ao universo lúdico das princesas? Como distinguir o faz de conta' e o consumo vazio?", perguntou Ludmila.
Chamadas de "princesas" durante todo o tempo em que ficam no "castelo", as alunas se dividem em diferentes atividades, adequadas às suas faixas etárias.
As aniversariantes se vestem como princesas e as colegas usam coroas.
BARBIE
No dia da visita da reportagem à escola, as garotas mais velhas receberam aulas de dobradura de guardanapos e de costura.
Leitura e vídeos de princesas e Barbie preencheram a agenda das menores.
Na aula de culinária, ensinam-se a fazer cupcakes. Mas,quando o assunto são boas maneiras, até a "netqueta" (etiqueta na internet) é ensinada às garotas.
Segundo a escola, essas aulas explicam os perigos que podem gerar do que elas publicam e de como ocorrem os relacionamentos iniciados pela internet.