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Iracema Ribeiro Pompeu (1914-2013)

Mulher, mãe e avó de jornalista

ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO

Iracema Ribeiro Pompeu era filha de jornalista. Casou-se com um jornalista, teve três filhos, todos jornalistas, e ainda foi avó de um jornalista.

Nascida em Campinas (SP), cresceu num sítio no Vale do Paraíba. Passou uma temporada como interna num colégio religioso no Rio, antes de voltar para sua cidade natal.

Na época em que trabalhava como telefonista, conheceu Paulo do Amaral Pompeu, que costumava ir até sua agência para transmitir notícias. Já namorados, ele escreveu uma crônica para ela, no "Correio Popular", jornal do qual ele seria redator-chefe.

Casaram-se em 1937 e, no início dos anos 40, vieram para São Paulo. Paulo entrou para esta Folha, onde seu irmão Hélio do Amaral Pompeu foi secretário de Redação.

Os três filhos do casal (Sérgio, Renato e Paulo de Tarso) trabalharam na Folha. Sérgio participou da equipe que, em 1968, fundou a "Veja".

O filho Renato Pompeu diz que o orgulho da mãe eram justamente o marido e os filhos jornalistas. Na ditadura, após uma prisão do filho Renato, chegou a enterrar num terreno baldio os escritos e os livros do filho, temendo que a polícia voltasse a sua casa.

Como crescera num sítio com forno a lenha e, com os anos, foi acompanhando o surgimento da geladeira, TV, computador etc., dizia: "O progresso melhorou o conforto, mas piorou a convivência".

Viúva desde 1989, perdeu os filhos Sérgio e Paulo em 2000.

Estava com uma pneumonia e problemas renais. Morreu ontem, aos 99, após parada cardíaca. Teve cinco netos e quatro bisnetos. Será cremada hoje, às 8h, no crematório da Vila Alpina, em São Paulo.


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