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Novo comandante da PM do Rio anula anistia a policiais
Chefe da corporação afirmou que perdão a PMs presos é uma 'ideia muito boa', mas que precisa ser revista
Anunciado ontem pelo governo, coronel José Luís Castro de Menezes prometeu mais diálogo com manifestantes
O secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, anunciou o coronel José Luís Castro de Menezes, 47, como o novo comandante da Polícia Militar.
Sua primeira medida foi revogar o decreto que anistiava policiais que estavam presos por faltas administrativas. O perdão foi revelado pela Folha no último sábado.
"A ideia é muito boa, mas nós vamos rever para que possamos estabelecer critérios objetivos visando dirimir qualquer dúvida em relação ao mesmo", disse Menezes.
O decreto de anistia foi a gota d'água para a saída do antigo comandante, o coronel Erir Costa Filho.
Segundo Beltrame, a exoneração ocorreu "mais pela maneira como os atos foram feitos do que por eles em si".
"Esse é um momento em que a sociedade exige transparência e sensibilidade, e isso [a anistia] gerou um desgaste", afirmou.
A Folha apurou que Menezes foi escolhido por estar alinhado com a política de segurança do governo e por entender a importância da boa comunicação entre o comando da PM e a secretaria.
A atuação das polícias Civil e Militar nos protestos no Rio é alvo de investigação.
O novo comandante prometeu ter mais diálogo com os manifestantes, mas pediu ordem. "A atuação da PM está mudando. Nos três, quatro últimos protestos, não tivemos problemas de conflito. O importante é que se mantenha a ordem e se respeite o direito do restante da população. Manifestar, sim, mas com ordem", disse.
Menezes chefiava o 1º CPA (Comando de Policiamento de Área), responsável pelos batalhões das zonas sul, norte e pela região do centro do Rio. Graduado em história pela Universidade Gama Filho, está na PM desde 1987.
Ele também foi subcomandante do Batalhão de Polícia de Trânsito e passou pelo comando dos batalhões de Angra dos Reis e Jacarepaguá.
QUARTEL
O governador Sérgio Cabral desistiu de vender a sede do Quartel General da Polícia Militar, que fica num terreno de 13,5 mil metros quadrados, na rua Evaristo da Veiga, ponto valorizado do centro carioca.