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Siemens colabora com investigação da PF desde 2012

Inquérito da Polícia Federal apura pagamento de propina a servidores em licitações de trens e metrô

Executivos de empresa alemã já prestaram depoimento; papéis foram mandados da Alemanha ao Brasil

DE BRASÍLIA

A Polícia Federal investiga pagamento de propina e corrupção internacional no caso Siemens --que passou a colaborar com a investigação no ano passado.

O inquérito apura se houve pagamento de comissão para servidores públicos em favor de empresas contratadas para venda de equipamentos e prestação de serviços à CPTM e aos metrôs de São Paulo e Distrito Federal.

Em 2012, executivos da multinacional alemã prestaram depoimento ao delegado Rodrigo Sanfurgo, chefe da Delefin (que apura ilícitos financeiros). Atendendo a solicitação da PF, a Siemens enviou documentos da Alemanha para o Brasil.

Neste ano, a empresa delatou às autoridades antitruste brasileiras a existência de um cartel --do qual fazia parte-- para compra de equipamento ferroviário, construção e manutenção de linhas.

Em troca das informações, a Siemens assinou um acordo no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), que pode garantir imunidade à empresa. Embora tenha reconhecido participação em cartel, ela resiste, segundo autoridades, a confirmar propina nas licitações.

Na PF, a expectativa é que as investigações ganhem impulso com os documentos obtidos na operação realizada após a confissão de cartel.

Uma carta anônima enviada ao ombudsman da Siemens foi, em 2008, a origem da investigação da PF.

Na carta, enviada à direção da Siemens na Alemanha, o delator denuncia informações endossadas hoje pela multinacional ao Cade.

Em 2008, o delator informava a formação de cartel para três concorrências. Na denúncia, ele acusa funcionários do governo de São Paulo de receber comissão de 7,5% para beneficiar empresas.

Pela denúncia, duas empresas foram subcontratadas para repassar recursos para duas offshores no Uruguai.

A Siemens informou que "coopera integralmente com as autoridades, manifestando-se oportunamente quando requerido e se permitido pelos órgãos competentes".

O governo paulista diz ser "o maior interessado em esclarecer as denúncias", para punir eventual envolvimento de servidores e buscar ressarcimento. Diz considerar positivo que Promotoria e PF auxiliem nas investigações.


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