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Novas regras vão encarecer imóveis, dizem construtores

Para executivos do setor imobiliário, cobrança pela construção de mais vagas de garagem infla o preço

Concepção do Plano Diretor pode ir contra a tendência de mercado, na opinião de empresas que atuam no setor

DE SÃO PAULO

As novas regras propostas pelo Plano Diretor tornarão mais caros os imóveis em São Paulo, dizem dirigentes do mercado imobiliário.

Isso porque, para construir mais vagas de garagem ou prédios do tipo "paliteiro", isolados no terreno, as construtoras terão que pagar a mais pela "outorga onerosa" --taxa que dá direito a edificar além do limite básico previsto pela lei.

"Hoje, você consegue fazer um prédio com aproveitamento de duas vezes o tamanho do terreno sem pagar a mais. Agora, se criou um modelo que terá que se pagar a mais para fazer isso. Virou uma questão de preço", disse Cláudio Bernardes, presidente do Secovi, o sindicato da construção civil.

Mas ele pondera: ainda não está claro qual será o efeito para a cidade toda. "Tem trecho em que se estará aumentando o preço e outro em que irá reduzir. É preciso saber como será esse balanço."

Ele achou "ótima" a intenção de levar as pessoas a viver mais próximas de onde está o transporte público. Mas diz que não está ainda claro se o mercado absorverá o tipo de empreendimento que a prefeitura quer.

Outro executivo do setor diz que a proposta da prefeitura, de prédio integrado à rua, com comércio na parte de baixo, embora "urbanisticamente interessante", pode não ser muito bem aceita.

"O mercado faz aquilo que acha que todo mundo quer. Na Vila Madalena, esse tipo de prédio funciona, com livraria, café embaixo, porque o mercado já absorveu o conceito. Mas isso não vai caber nunca no meio do Morumbi", afirma Fabio Villas Bôas, diretor executivo da Tecnisa.

Ele diz que os produtos oferecidos hoje, como os condomínios-clube, são o que querem os consumidores.

"Por que tem muro alto? Porque não tem segurança. As pessoas querem condomínio-clube porque dá qualidade de vida razoável e porque protege de alguns riscos."

Outra crítica é quanto à limitação das vagas de garagem. "Ninguém vai comprar um apartamento de quatro dormitórios com duas vagas de garagem. Não tem chance."


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