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Carta de filha de vítima evitou pena de morte
Brasileiro foi condenado à prisão perpétua por assassinatos nos EUA
Autora do pedido, Tatiane Klein afirma que enfrentou críticas, mas que está com a consciência tranquila
O pedreiro brasileiro José Carlos de Oliveira Coutinho, 39, condenado à prisão perpétua nos Estados Unidos, contou com a ajuda da filha de uma de suas vítimas para não receber pena de morte.
Tatiane Costa Klein, 30, enviou uma carta à Justiça dizendo que preferia que os assassinos de sua mãe, Jaqueline Szczepanik, 43, seu irmão Christopher, 7, e seu padrasto, Vanderlei Szczepanik, 43, cumprissem prisão perpétua em vez de serem enviados ao corredor da morte.
"Recebi muitas críticas por essa carta, mas ao menos estou com minha consciência tranquila", disse à Folha.
Os acusados eram funcionários da família na construção de uma escola missionária da igreja Assembleia de Deus Missão do Belém. O crime aconteceu em dezembro de 2009, em Nebraska (EUA).
Coutinho foi condenado por ser o mandante dos assassinatos. O crime teria sido motivado por uma desavença financeira. Os outros acusados são Valdeir dos Santos, 33, e Elias Lourenço, 31.
Em agosto de 2011, Santos fez um acordo para não ser condenado à morte e confessou o crime. Ele ficará no máximo 20 anos preso.
Já Lourenço foi deportado para o Brasil em abril de 2011, porque, na época, a polícia americana não tinha provas que o incriminassem.
Após se mudar para os EUA para acompanhar as investigações, Tatiane agora espera que o governo brasileiro extradite Lourenço para lá.
Essa possibilidade é remota, já que o Brasil não extradita seus cidadãos para países em que eles podem ser condenados à morte. Lourenço vive em Minas Gerais. Segundo familiares, ele negou participação nos crimes.