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Ex-baixista do Charlie Brown Jr. morre com um tiro na cabeça

Polícia registra como suicídio a morte de Champignon, 35, ocorrida no apartamento dele, em SP

Com depressão, músico foi achado morto seis meses após Chorão, ex-companheiro de banda, ser vítima de overdose

DE SÃO PAULO DO "AGORA" DO ENVIADO ESPECIAL A SANTOS (SP)

O músico Luiz Carlos Leão Duarte Junior, 35, o Champignon, ex-baixista da banda Charlie Brown Jr., morreu na madrugada de ontem em São Paulo com um tiro na cabeça.

Ele foi encontrado morto no apartamento em que morava com a mulher, grávida de cinco meses, no Morumbi (zona oeste). A polícia registrou o caso como suicídio.

Champignon ficou famoso como baixista da banda Charlie Brown Jr., que fundou com o amigo Chorão, morto por overdose há seis meses.

Depois da morte de Chorão, ele virou vocalista de um novo grupo, A Banca.

Champignon sofria de depressão e estava chateado com as críticas recebidas por sua nova banda. A empresária do baixista, Samantha Jesus, confirmou que ele reclamou da pressão dos fãs.

Ela disse que o músico enfrentava dificuldades financeiras, como os demais integrantes da banda, desde a morte de Chorão, quando agenda e cachês diminuíram.

A delegada Milena Suegama disse que Champignon e sua mulher, Cláudia Campos, 32, discutiram antes da morte. Eles saíram para jantar com um casal de amigos em um restaurante japonês (onde ele teria tomado saquê).

Suegama afirmou não ter encontrado vestígios de drogas ou de antidepressivos no apartamento do músico. A mulher de Champignon disse que ele não usava drogas.

Segundo a polícia, antes de atirar na cabeça, o baixista disparou para o chão. Além da pistola que lhe tirou a vida, ele tinha outra arma, uma espingarda calibre 12.

O corretor de imóveis Alexandre Benaion, vizinho do músico, disse que ouviu um barulho de tiro pouco depois da 0h, seguido de gritos de Cláudia. A mulher do músico abriu a porta chorando e gritando "Amor, você não fez isso", segundo Benaion.

O corretor relata que encontrou o baixista no chão do quarto usado para guardar instrumentos. "Foi horrível, vi o Champignon caído, com um tiro na cabeça e uma arma na mão", conta.

Cláudia, casada com o músico há ao menos um ano, foi levada para um hospital. O casal havia escolhido o nome da filha, Maria Amélia, há duas semanas. Champignon deixa ainda uma filha de sete anos, de outro casamento.

O corpo dele será enterrado hoje em Santos, onde era velado ontem. "Foi muita pressão, outros cantores criticavam seu trabalho na internet", disse Andressa Guratti, 23, do fã-clube Champirados.

O pai de Champignon, Luiz Carlos Duarte, disse que a família estava "consternada".

Em maio, o guitarrista Peu Sousa, que tocou com Champignon na banda Nove Mil Anjos, morreu enforcado --segundo a polícia, ele se matou.


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