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Há 3 anos sem uso, portas do metrô são alvo de inquérito

Equipamentos estão sem função desde 2010 na estação Vila Matilde

Por suspeita de 'prejuízo ao erário', Promotoria investiga compra de estruturas de vidro para plataformas

LEANDRO MACHADO ANDRÉ MONTEIRO DE SÃO PAULO

Instaladas há três anos e ainda sem uso, as portas de vidro que deveriam aumentar a segurança dos passageiros na estação Vila Matilde da linha 3-vermelha do metrô, a mais superlotada da rede, viraram alvo de investigação do Ministério Público.

A Promotoria abriu inquérito no mês passado para apurar suspeitas de "prejuízo ao erário e atos de improbidade administrativa" na compra dos equipamentos sem função desde 2010.

As portas instaladas na estação deveriam impedir a queda de passageiros e objetos nos trilhos, evitar acidentes e ajudar no embarque.

Mas só as molduras foram instaladas, deixando buracos abertos na plataforma.

Esses equipamentos existem nos metrôs de Paris e Seul, por exemplo, além da linha 4-amarela e parte da linha 2-verde em São Paulo.

A investigação da Promotoria foi aberta com base em processo do Tribunal de Contas do Estado para apurar os valores do contrato e os motivos de a instalação das portas não ter sido concluída.

O TCE diz que a proposta original previa 48 portas (em 18 estações) por R$ 72,5 milhões. Em seguida, a quantidade de portas exigida baixou para 24, mas praticamente sem mudança no preço.

A licitação teve como participante só um consórcio --formado pelas empresas Trends, de ex-funcionários do Metrô, e pela coreana Poscon.

O contrato de R$ 71,4 milhões foi assinado em 2009.

A Vila Matilde seria a primeira de 12 estações da linha 3, que teriam as portas.

A previsão era que começasse a funcionar em 2010, mas, segundo o Metrô, a Trends teve problemas financeiros e paralisou o serviço.

A instalação foi retomada, mas, agora, há com outro problema (como são seis modelos de trens, as portas dos antigos não se encaixam).

Funcionários afirmam haver risco de um cego bater no vidro ao sair do trem.

O Metrô diz que realiza testes e que a operação deve começar neste ano. Após avaliado, o sistema será expandido para as demais estações.


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