Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Obra em trecho crítico da Régis é adiada para 2017

Duplicação é prometida desde os anos 90, sob FHC; Lula fixou prazo para 2012

Novo prazo foi acertado entre concessionária e governo federal, que atribuem atrasos a obstáculos ambientais

JOSÉ ERNESTO CREDENDIO DE SÃO PAULO

O governo federal adiou de novo a entrega da duplicação da serra do Cafezal, principal gargalo da rodovia Régis Bittencourt (BR-116), que liga São Paulo ao Sul do país.

A obra, prometida desde a década de 90, na gestão FHC, deveria ter sido concluída em 2012, conforme cronograma de quando ela foi privatizada pelo governo Lula, em 2008.

Ela não ficou pronta e, agora, um novo prazo foi oficializado: começo de 2017.

A data foi estabelecida neste mês, por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta assinado pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) com a Autopista Régis Bittencourt.

A serra envolve um trecho sinuoso entre os municípios de Juquitiba (72 km de SP) e de Miracatu (138 km de SP). De acordo com a concessionária, 11 km dos aproximadamente 30 km estão prontos.

O principal impasse que se arrasta há duas décadas se refere à licença ambiental.

Depois de seguidos atrasos nas gestões tucanas e petistas desde os anos 90, a obra havia sido prometida de novo, dois anos atrás, para 2013.

A região da serra segue como uma das perigosas das estradas que cortam São Paulo. Somente do km 343 ao km 363, trecho que agora foi incluído no TAC, foram registradas em 2011, último dado tabulado pelo governo federal, 307 acidentes, que deixaram 13 mortos e 140 feridos.

A concessionária estima gastar R$ 700 milhões na duplicação de toda a serra, que será a principal obra já feita na Régis após a inauguração.

Só no km 357 da rodovia houve naquele ano 32 acidentes, 64 feridos e nove mortos.

Com a falta de alternativas ao motorista na ligação ao Sul, qualquer acidente no trecho forma filas gigantescas.

MATA ATLÂNTICA

A construção vem sendo adiada, segundo o governo e a concessionária, devido às dificuldades em licenciar a obra no Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente). Isso porque se trata de um trecho de mata atlântica preservada e cortada por nascentes.

O presidente da ABCR (Associação Brasileira das Concessionárias de Rodovias), Moacyr Servilha Duarte, afirma que a razão dos sucessivos atrasos foram deficiências de planejamentos e projetos herdados pela iniciativa privada --que, diz ele, estavam desatualizados.

No TAC assinado pela agência nacional com a concessionária, que será punida em caso de descumprimento, o governo estabeleceu prazos variáveis para a entrega de cada trecho. O último deles, para fevereiro de 2017, vai do km 348 ao 349.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página