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Gangue atacou meu filho, diz pai de rapaz morto na Unicamp

Para Celso Casagrande, garota que confessou crime alegando legítima defesa não é única responsável

Jovem assassinado tentou agarrá-la, afirma namorado; polícia de Campinas investiga versão

LUCAS SAMPAIO DE CAMPINAS

Abalado pela morte do filho numa festa não autorizada dentro do campus da Unicamp, em Campinas (SP), Celso Casagrande diz que ainda é "muito difícil" aceitar a "barbaridade que fizeram".

"Ainda estamos um pouco anestesiados", afirma. "A gente ainda não retomou a vida. Até de comer a gente se esquece, porque fica pensando nessa barbaridade."

Aluno de engenharia de controle e automação, Denis Papa Casagrande, 21, foi morto com uma facada na madrugada de sábado, numa briga no teatro de arena.

Celso e a mulher, Maria de Lurdes Papa Casagrande, foram de Piracicaba, onde moram, a Campinas, anteontem, para participar de um ato na Unicamp em homenagem ao filho. Celso também prestou depoimento na polícia.

"O delegado me disse que a Maria Teresa assumiu a culpa, mas não foi só ela. Há mais responsáveis. O assassino é quem desferiu a facada, mas houve a participação de outras pessoas. E não foi só um ou dois, foram vários. Era uma gangue", disse o pai.

LEGÍTIMA DEFESA

Anteontem, a Secretaria de Segurança informou que Maria Teresa Alexandrino Pelegrino, 20, confessou o crime alegando legítima defesa. Na noite de segunda, a jovem depôs na delegacia e saiu sem falar com a imprensa.

Seu namorado afirmou que ela se defendeu. "Foi legítima defesa. O cara tentou agarrá-la à força e bateu nela", disse Anderson Mamede, 20, que chegou a se ferir na confusão na festa. "Infelizmente, ele morreu e não está aqui para poder comprovar nada."

Amigos afirmam que Denis foi atacado por um grupo de punks. "Bateram até com um skate", disse um colega do rapaz, que pediu anonimato.

Mamede confirmou à polícia tê-lo agredido com skate.

A polícia de Campinas descartou ontem, por enquanto, pedir a prisão da jovem.

Segundo a secretaria, o delegado Rui Pegolo, responsável pelo caso, em primeiro lugar checará a versão dela. Ele também está ouvindo testemunhas e analisando as imagens das câmeras de segurança.

Uma faca, encontrada enterrada ao lado de um ponto de ônibus perto do campus, está sendo mostrada, para reconhecimento, a testemunhas.

A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Mamede e de Maria Teresa.


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