Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Menina de 6 anos morre afogada em ônibus escolar preso em alagamento

Veículo contratado pelo governo do DF levava três adultos e 23 alunos em cidade-satélite de Brasília

Polícia suspeita que motorista tenha tentado atravessar trecho inundado embaixo de viaduto

FILIPE COUTINHO DE BRASÍLIA

Uma menina de seis anos morreu afogada na noite de anteontem dentro de um ônibus escolar que foi tomado pela água da chuva após ficar alagado embaixo de um viaduto em Ceilândia, cidade-satélite de Brasília.

O ônibus, contratado pela Secretaria de Educação do governo do Distrito Federal, fazia o transporte de alunos de escolas públicas da região.

No momento do acidente, entre 18h20 e 18h30, havia três adultos e 23 alunos, de diferentes escolas, no ônibus.

A suspeita do delegado Mauro Leite, que investiga o caso, é que o motorista tenha tentado atravessar a área alagada em vez de parar o ônibus, provocando o acidente.

Segundo relatos, o motorista saiu para buscar socorro, mas não retornou.

O delegado, da 15ª DP, afirmou à Folha que ele deverá ser indiciado por homicídio culposo (sem intenção).

"Se ele tentou passar achando que poderia superar [o alagamento], ele assumiu o risco", afirmou Leite.

Para ele, porém, é "muito difícil que tenha outra solução para esse evento que não seja homicídio culposo".

Giovana, de seis anos, foi encontrada submersa dentro do ônibus, já sem vida.

Outras quatro estudantes foram levadas ao hospital em estado de hipotermia. Três foram liberadas e a outra passa bem, mas ficou em observação ontem no principal hospital de Brasília. Uma prima da aluna que morreu também estava no veículo.

Na Escola Classe nº 8, onde Giovana estudava, não houve aula ontem nem haverá hoje. Estavam no ônibus 12 alunos da escola, do ensino infantil ao quinto ano do ensino fundamental. "A família está desesperada, principalmente a mãe. Paramos as atividades e estamos consternados e em luto", disse a diretora Fabiana Pereira.

A Secretaria de Educação, responsável pela contratação do motorista, não informou o nome dele. Na empresa contratada, ninguém atendeu o telefone ontem.

"Qualquer providência em relação à empresa somente poderá ser realizada se constatada alguma irregularidade por parte da perícia policial", diz a secretaria.

Em nota, a pasta disse que aguarda o resultado da perícia para tomar providências sobre a responsabilização.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página