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SP tem protesto pacífico após governo subir o tom

Adeptos de vandalismo não aparecem em ato universitário com só 4 'mascarados'

Havia 200 policiais para acompanhar 500 manifestantes; uso de bala de borracha pela PM estava liberado

DE SÃO PAULO

Um dia após a decisão do governo paulista de endurecer contra a violência em protestos, adeptos da tática "black bloc" (defensores do vandalismo) não apareceram na manifestação liderada ontem por universitários.

A caminhada da avenida Paulista à Assembleia Legislativa seria a primeira prova de fogo após a liberação oficial do uso de balas de borracha pela PM e a criação de uma força-tarefa para agilizar as punições de vândalos.

O ato, porém, terminou pacífico. Durou pouco mais de quatro horas, sem depredações de prédios que marcaram os atos de segunda --também com estudantes da USP e movimentos sindicais.

Ontem, a Folha encontrou só quatro "mascarados" no protesto. Nenhum deles agrediu fisicamente policiais ou manifestantes. A única ocorrência foi um bate-boca entre um dos "mascarados" e um estudante que estava com a camiseta da UNE (União Nacional dos Estudantes).

Segundo a PM, havia 200 policiais para acompanhar 500 manifestantes. "É quase um para um", comentou Sérgio Watanabe, major e um dos comandantes da ação.

Os estudantes, que no começo da semana foram às ruas em apoio a professores em greve do Rio, ontem protestavam por maior participação política nas eleições para reitor de três universidades púbicas do Estado, a USP, a Unicamp e a Unesp.

Os manifestantes querem que os reitores sejam escolhidos por eleição direta. Hoje, a eleição é indireta e o governador escolhe o reitor após analisar uma lista tríplice.

O grupo seguiu até a sede do Legislativo estadual na expectativa de participar de uma audiência pública, convocada por deputados da oposição à gestão Geraldo Alckmin (PSDB). Mas ela não ocorreu --reitores convidados não compareceram.

Nos últimos dias, pontos históricos da cidade foram alvos de vandalismo durante protestos. Entre eles estão o Monumento às Bandeiras, próximo ao parque Ibirapuera, e o prédio do Masp.

Ontem, para evitar qualquer ato, guardas civis reforçaram a segurança ao monumento. A fachada do Museu de Arte de São Paulo, que amanheceu pichada anteontem, passou por limpeza.

Adeptos da tática "black bloc" classificavam este mês como "outubro negro", prometendo presença em manifestações diversas.

Os estudantes devem retomar os protestos no próximo dia 15, quando planejam uma caminhada até o Palácio dos Bandeirantes. Já os "black bloc" anunciaram pelo Facebook participação em um ato contra a corrupção no dia 21.


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