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Polícia acha corpo e diz que menino foi jogado morto no rio
Garoto estava desaparecido desde a última terça; mãe e padrasto do garoto tiveram prisão temporária decretada
Exame do IML mostrou que não havia água nos pulmões de Joaquim, o que descarta que ele tenha morrido afogado
O menino Joaquim Ponte Marques, 3, desaparecido desde a última terça-feira, foi morto antes de ter sido jogado no rio, segundo a polícia.
O corpo de Joaquim foi encontrado no rio Pardo pelo dono de uma propriedade rural de Barretos. Estava a 150 km de Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo), onde ele sumiu.
Embora tenha sido encontrado no rio, a Polícia Civil informou que exames preliminares feitos pelo IML (Instituto Médico Legal) descartaram que o menino tenha morrido afogado, já que não havia água em seus pulmões.
Uma das hipóteses levantadas pela polícia é que ele tenha sido jogado já sem vida no córrego Tanquinho, que fica a 200 metros da casa da família, no Jardim Independência e, de lá, tenha sido levado até o ribeirão Preto, que é afluente do Pardo.
A polícia conseguiu que a Justiça concedesse ontem mesmo a prisão temporária da mãe do garoto, Natália Mingoni Ponte, e do padrasto dele, Guilherme Raymo Longo. É aguardada para hoje a quebra do sigilo telefônico do casal.
Após a confirmação da morte, pelo menos 150 pessoas foram à casa da família atrás de Guilherme. A polícia isolou a área.
Para o delegado Paulo Henrique Martins de Castro, da DIG (Delegacia de Investigações-Gerais) e para a Promotoria, há indícios da participação do casal no caso, razão pela qual já haviam sido feitos dois pedidos de prisão temporária. No dia seguinte ao sumiço foi feito o primeiro, negado pela Justiça.
Ambos negam envolvimento no caso. Na saída da delegacia de Barretos, Natália limitou-se a afirmar que é "muito inocente".
Segundo o diretor do Deinter-3 (Departamento de Polícia Judiciária do Interior), João Osinski Junior, o corpo de Joaquim foi encontrado às margens do Pardo às 12h. Os bombeiros haviam feito buscas por quatro dias em Ribeirão.
Depois de reconhecer o corpo do filho, Natália voltou a Ribeirão e foi levada à DIG, para um novo depoimento, já na noite de ontem. Cerca de cem pessoas estavam em frente ao local, protestando contra ela e Guilherme.
INDÍCIOS
Após ter o pedido de prisão temporária negado na última quinta-feira, a polícia e a Promotoria passaram a buscar indícios para formular um novo pedido.
Outros exames ainda serão feitos pelo IML e devem ficar prontos dentro de 30 dias.
O corpo de Joaquim será enterrado hoje em São Joaquim da Barra.
À noite, o pai do menino, Arthur Paes, que estava na DIG, foi conversar com o grupo que protestava contra a mãe e o padrasto de Joaquim. Foi aplaudido, chorou e pediu que o grupo fosse embora.