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USP estima em R$ 1 milhão danos por invasão na reitoria

Universidade contabiliza prejuízo causado por furtos e depredação em 42 dias

Alunos questionam valor divulgado por reitor e pedem acompanhamento do inventário de danos

ARETHA YARAK DE SÃO PAULO

O prejuízo provocado pela invasão do prédio da reitoria da USP deve ultrapassar R$ 1 milhão, de acordo com estimativa parcial divulgada ontem pelo reitor da universidade, João Grandino Rodas.

Os danos incluem furtos a móveis, persianas, equipamentos de informática, telefonia e materiais de escritório.

Além disso, houve portas quebradas, armários arrombados e paredes pichadas, conforme verificou a Folha após a reintegração de posse ocorrida na última terça-feira, após 42 dias de invasão.

A USP alega ainda que foram furtados alguns processos e documentos. Ela não divulgou que custos correspondem a quais tipos de danos.

A universidade deve esperar até a semana que vem, quando termina a auditoria patrimonial, para decidir que medidas administrativas serão tomadas contra alunos.

Segundo a USP, os danos este ano são piores que os da invasão da reitoria em 2011.

Um outro caso (de invasão da sede da Coordenadoria de Assistência Social em 2010) resultou na expulsão de cinco alunos após processo interno da universidade.

A USP afirma que irá recorrer à Justiça para garantir ressarcimento do prejuízo.

"Houve depredação, inclusive, de bustos de importantes figuras como Dante Alighieri e Nicolau Copérnico", disse Rodas à rádio USP.

O DCE (Diretório Central dos Estudantes) afirma que a auditoria patrimonial deveria estar ocorrendo em conjunto com representantes dos alunos, trabalhadores e com membros da reitoria.

De acordo com o diretório, o acompanhamento da auditoria seria a única forma de garantir que os danos foram causados pelos invasores.

Arielli Tavares, 23, diretora do DCE, afirma que o órgão sempre foi contra danificar patrimônio da universidade.

Cerca de 500 alunos participaram da ocupação da reitoria, segundo integrantes do diretório. Segundo a USP, o campus da universidade recebe 50 mil estudantes.

Os manifestantes exigiam eleições diretas para dirigentes (voto direto de alunos, professores e funcionários). A USP acenou que irá discutir o tema no início de 2014.

Atualmente, o reitor é escolhido por conselhos formados por representantes das diversas categorias.

DETENÇÕES

Após a reintegração de posse, dois estudantes de filosofia foram detidos (João Victor Campos e Inauê Taiguara Monteiro de Almeida).

Os alunos dizem que a detenção foi arbitrária, pois não participavam da invasão.

Eles foram soltos por decisão da Justiça, que considerou que eles não tinham sido "surpreendidos praticando os atos em questão".


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