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Plano para expansão de SP gera polêmica

Adensamento previsto no novo Plano Diretor pode sobrecarregar eixos de transporte coletivo, dizem especialistas

Em debate da Folha, petista defende que a ocupação de áreas com ônibus e metrô trará crescimento qualificado

DE SÃO PAULO

Debate realizado pela Folha anteontem mostrou que a discussão sobre o novo Plano Diretor de São Paulo ainda deve gerar muita controvérsia até a sua aprovação.

O plano --conjunto de regras para orientar o crescimento da cidade nos próximos anos-- está atualmente em debate na Câmara Municipal e deve ser votado até abril do ano que vem.

Entre as principais propostas da gestão Fernando Haddad (PT) está direcionar o crescimento para as margens dos corredores de ônibus e metrô, como forma de desestimular o uso de carro.

A ideia, porém, foi criticada por três dos quatro participantes do debate, mediado pelo colunista da Folha Leão Serva. Para eles, algumas vias não suportariam mais adensamento imobiliário.

A proposta enviada por Haddad à Câmara permite que nos eixos já atendidos por sistema de transporte as construtoras possam erguer prédios com até quatro vezes o tamanho do terreno. Cada apartamento teria limite de uma vaga de garagem.

Há estímulo, também, para os projetos que aliarem o uso residencial ao comercial.

A ocupação prevista pelo texto, segundo estimativa da urbanista Lucila Lacreta, do Movimento Defenda São Paulo, é equivalente ao da avenida Paulista. "Em muitos locais, a cidade não vai comportar esse cenário", afirmou.

Para ela, essa proposta carece de estudo que garantam que essas regiões da cidade não ficarão asfixiadas.

Opinião parecida tem o engenheiro Ivan Maglio, coordenador do atual Plano Diretor, em vigor há mais de uma década. Para ele, a proposta inviabilizará algumas áreas da cidade. "A [av.] Heitor Penteado [zona oeste] não vai suportar um padrão construtivo de quatro vezes mais que o tamanho do terreno."

O vereador Andrea Matarazzo (PSDB), que faz oposição ao atual governo municipal, diz que a proposta é inviável. "Parece que esse plano foi feito para uma cidade vazia, que não existe."

Defensor da proposta, o vereador José Américo (PT), presidente da Câmara, afirma que o Plano Diretor em discussão é "muito bom para a cidade", pois "vai trazer um crescimento qualificado".

Segundo ele, o texto deve ser votado até abril, antes do início da campanha eleitoral.

SEGUNDO DEBATE

O secretário Fernando de Mello Franco (Desenvolvimento Urbano) é um entusiasta da ideia de povoar os corredores de transporte público. Para ele, ter prédios de seis a oito andares, com comércio no térreo e em diálogo com a cidade por meio de calçadas largas, é totalmente factível em São Paulo.

Franco estará no segundo debate sobre o tema, no dia 16, às 19h. O evento será no auditório da Folha (alameda Barão de Limeira, 425, 9º andar, Campos Elíseos, São Paulo).

Para participar, é preciso se inscrever pelo e-mail eventofolha@grupofolha.com.br, informando nome e RG, ou em dias úteis pelo telefone 0/xx/11/3224-3473.


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