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USP Leste suspende aula por causa de água turva e piolhos de pombos

Há casos de docentes e alunos com sarna; calendário iria até dia 20 em razão de greve de setembro

Universidade afirma que fará a dedetização nos próximos dias; aulas serão retomadas só em 6 de janeiro

SABINE RIGHETTI DE SÃO PAULO

A USP Leste suspendeu ontem as aulas por causa de problemas com a qualidade de água no campus e a infestação de piolhos de pombos.

De acordo com nota da universidade, o objetivo é "dar continuidade à limpeza dos reservatórios de água e fazer uma inspeção preventiva".

O campus Leste da USP (Universidade de São Paulo) teria aulas até o dia 20 em razão de uma greve em setembro que atrasou o calendário.

A paralisação aconteceu devido à contaminação do solo do campus por metano (a universidade está sobre uma terra com lixo orgânico).

O retorno às aulas, agora, será apenas em 6 de janeiro.

A suspensão das aulas foi decidida após três salas terem sido interditadas na semana passada devido à infestação de piolhos de pombos.

"Passei o final de semana lavando as minhas roupas para evitar contaminação", conta o sociólogo Jorge Machado, professor da USP Leste.

Ele foi diagnosticado no sábado com escabiose --sarna causada por ácaros de pombo (ou piolhos de pombo).

Machado está em casa, sob medicação, sem contato físico com a família para não transmitir a doença. Ele tem um filho de seis anos.

Mais de 4.000 pessoas, entre alunos, professores e funcionários, circulam diariamente pelo campus. A USP não sabe informar quantas pessoas estão doentes.

De acordo com Ingrid Gonçalves, 28, aluna do 2º ano de ano de gestão de políticas públicas na USP Leste, há casos de alunos, professores e familiares com sarna.

"O problema é que a doença demora alguns dias para se manifestar, então não sabemos o número ao certo."

"Além disso, muitas pessoas acham que a sarna é apenas uma coceira e acabam nem indo ao médico", diz Reginaldo Noveli, 24, que está no 3º ano do mesmo curso.

A antecipação das férias traz prejuízos. De acordo com Pablo Ortellado, professor de filosofia da USP Leste, a maioria dos alunos está em semana de avaliação. "Eu daria uma prova importante na próxima quinta-feira", diz.

Além do problema dos pombos, a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico de São Paulo) analisou a água e encontrou turbidez e presença indevida de bactérias.

Em razão disso, os bebedouros foram substituídos na semana passada por garrafões de água potável.

"A melhor universidade do Brasil não pode ter aulas interrompidas por causa de piolho. A situação no campus está completamente caótica", afirma Machado.


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