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Universitário morre baleado em blitz no Rio

Carro ocupado por estudante de cinema levou mais de 50 tiros em perseguição; PMs foram afastados das ruas

Policiais afirmam que jovens furaram bloqueio e atiraram primeiro; nenhuma arma foi encontrada

MARCO ANTÔNIO MARTINS DO RIO

Quatro policiais militares foram afastados das ruas após a morte do estudante de cinema da PUC-Rio João Pedro Cruz, 23, na madrugada da segunda-feira.

Cruz foi atingido no peito por um tiro de fuzil depois que o carro em que estava, um Kia Cerato prata, "furou" uma blitz na Linha Amarela, altura do bairro de Pilares, na zona sul da cidade.

Segundo relatos à polícia, quatro jovens voltavam de uma festa na Barra da Tijuca quando se depararam com o bloqueio. O motorista do veículo não parou.

O carro levou mais de 50 tiros dos PMs que o perseguiram por cinco quilômetros até a avenida Dom Helder Câmara (em Pilares, zona norte). De acordo com os policiais, os ocupantes do Kia "deram um tiro" contra eles, o que teria justificado o revide.

Policiais civis e peritos estiveram no local, no dia do caso, e não encontraram qualquer arma no veículo ou com os outros três ocupantes, que se feriram com estilhaços.

Cruz estava sendo no banco traseiro, atrás do motorista, quando foi baleado. Morreu no local e foi sepultado ontem à tarde, no cemitério do Caju, zona norte do Rio.

Nas redes sociais, o estudante defendia ações pelo desarmamento.

Os policiais disseram ter encontrado cinco papelotes de cocaína, 30 gramas de maconha e um vidro de cheirinho da loló. Nenhum dos ocupantes do carro tem passagem pela polícia.

A circunstâncias do caso levaram a PM do Rio a abrir um inquérito sobre a conduta dos policiais.

Foi aberto ainda inquérito na Polícia Civil, que apreendeu três fuzis e uma pistola que teriam sido utilizados.

O armamento será analisado pela perícia para confirmar se os disparos que atingiram o carros vieram mesmo das armas dos policiais.

Imagens das câmeras de segurança da Linha Amarela foram solicitadas para auxiliar nas investigações.

Os policiais envolvidos foram remanejados para plantões em cabines localizadas em vias expressas da cidade.

"Eles estão ali para proteger quem for passar. Agora, atirar sem ter certeza ou noção de em quem estão atirando... Eu acho que estão treinando para matar pessoas", disse José Onildo, avô de Cruz à TV Bandeirantes.


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