Caminhão dribla restrição na marginal Tietê

O primeiro dia de restrição ao tráfego de caminhões na marginal Tietê foi marcado por desrespeito e falha na sinalização sobre o a proibição.

Os caminhões estão proibidos, desde ontem, de circular pela marginal e vias como a Salim Farah Maluf e a av. do Estado das 4h às 10h e das 16h às 22h, de segunda a sexta, e das 10h às 14h aos sábados. As multas, de R$ 85,12, só começam em janeiro.

A expectativa da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) é que 75 mil veículos deixem de passar pela marginal com a restrição.

Ontem, no entanto, nos 23,5 km da marginal no sentido Castello Branco, a Folha viu apenas sete pontos com faixas sobre a proibição. Em 10 km da rodovia Ayrton Senna, antes da marginal Tietê, nenhuma faixa.

"Não vi placas, nem sabia que começava hoje", disse o caminhoneiro Eduardo Jardim de Oliveira, 33, de Volta Redonda (RJ).

As poucas faixas colocadas na marginal são pequenas, com letra ilegível a média distância e, em alguns casos, como na ponte do Piqueri, estão cobertas pelas placas de trânsito de maior porte.

No pico da manhã de ontem, a marginal Tietê era a via mais congestionada da cidade, com 13,7 km no sentido Castello Branco, às 8h40.

Mas o fluxo de caminhões cresceu após o horário da restrição ao tráfego, o que indica que alguns caminhoneiros já se adequaram à regra.

Depois que terminou o horário restritivo, o efeito colateral previsível aconteceu: mais caminhões encheram a via às 11h40, quando o sentido Ayrton Senna estava em 14,6 km de engarrafamento -também o maior da cidade no momento.

O principal objetivo da restrição é melhorar a fluidez do trânsito em 20% e diminuir o número de acidentes.

ADAPTAÇÃO

A CET afirmou, por meio de nota, ser natural um período para adaptação dos motoristas de caminhões.

Segundo a companhia, cerca de 2.000 placas estão sendo colocadas e também serão instaladas 120 faixas de vinil nas vias com restrição.

A CET diz que foi montada uma operação com agentes em pontos de orientação ao longo da marginal Tietê.