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Cantor Nelson Ned morre aos 66 em SP

Sucesso na América Latina, autor de 'Tudo Passará' foi internado no sábado com quadro grave de pneumonia

Velório e cerimônia de cremação foram realizados ontem em cemitério de Itapecerica da Serra (Grande SP)

DE SÃO PAULO

O cantor Nelson Ned morreu ontem, aos 66 anos, no Hospital Regional de Cotia (Grande São Paulo), por complicações de um quadro de pneumonia. Ele estava internado desde sábado.

O corpo foi velado no Cemitério Horto da Paz, em Itapecerica da Serra (Grande São Paulo). Na noite de ontem, foi realizada a cerimônia de cremação, que teve presença de pastores, familiares e amigos do artista, como o cantor Moacyr Franco. Nelson Ned deixa duas filhas e um filho.

Intérprete de canções românticas e sucesso na América Latina, Nelson Ned d'Ávila Pinto iniciou a carreira em 1960, com a gravação de "Eu Sonhei que Tu Estavas tão Linda", canção de Lamartine Babo e Francisco Matoso.

Ao todo, gravou 32 álbuns, alguns em espanhol. Era atração recorrente, nos anos 1970, de programas de auditório na TV, como os de Chacrinha e Silvio Santos.

Seu grande hit, "Tudo Passará", de 1969, foi regravado mais de 40 vezes. Em 1992, a gravadora Vitale, que o representava, acusou a banda Gipsy Kings de plagiar a canção em "Amor d'Un Dia".

Parte da vertente "brega" da música brasileira --ao lado de intérpretes e compositores como Reginaldo Rossi, Odair José, Moacyr Franco, Waldick Soriano e Agnaldo Timóteo--, emplacou também sucessos como "Não Tenho Culpa de Ser Triste", "Caprichoso", "Será, Será" e "Tamanho Não É Documento".

Ned foi o primeiro latino-americano a vender 1 milhão de discos nos EUA. Para Agnaldo Timóteo, ele era o "segundo maior ídolo brasileiro na América Latina", atrás apenas de Roberto Carlos.

"Ele estourou em espanhol. Virou ídolo sem comparação", afirma Moacyr Franco. "No exterior, só ouvia falar do pequeno grande cantor", diz Wanderley Cardoso.

Na década de 1990, Nelson Ned tornou-se evangélico e gravou temas gospel. Em 1996, lançou o livro "O Pequeno Gigante da Canção" --apelido dado pelo ator Paulo Gracindo--, em que narrou problemas com bebidas e drogas.

Em 2003, sofreu um acidente vascular cerebral e perdeu a visão de um olho. Após algum tempo, passou a usar cadeira de rodas. Nelson Ned viveu, nos últimos anos, numa clínica em Cotia.


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