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Acordo com comunidades protege shoppings de roubos, diz associação

Entidade que representa lojistas propõe que governo de SP construa 'rolezódromos' para jovens

Segundo presidente da Alshop, líderes locais espalham a ideia de que empreendimentos devem ser poupados

LEANDRO MACHADO DE SÃO PAULO

O presidente da Alshop (Associação dos Lojistas de Shopping Centers), Nabil Sahyon, disse ontem que lojas e centros comerciais têm "acordos de proteção" com líderes comunitários da periferia. O objetivo seria evitar roubos e furtos aos locais e aos clientes.

Sem citar nomes, Sahyon contou que lojistas promovem projetos sociais em comunidades pobres no entorno dos shoppings. Assim, diz ele, conseguem a confiança dos moradores e representantes das regiões onde estão.

"Os líderes comunitários têm um acordo de proteção a esses empreendimentos, porque eles [shoppings] ajudam essas favelas. Existe toda uma política de ajuda, não só de shoppings, mas de varejistas."

Segundo ele, a missão dos líderes é espalhar a ideia de que o shopping colabora com a região e, por isso, deve ser poupado de possíveis crimes.

"Se alguém está mal intencionado nessas comunidades e tentar fazer um assalto, ele [shopping] acaba tendo a proteção dos líderes."

Esses acordos existem em shoppings de São Paulo e de outros Estados, diz Sahyon.

A Abrasce (associação que reúne mais de 250 donos de shoppings no país) diz desconhecer tais "acordos de proteção". A Secretaria da Segurança não quis comentar o assunto porque não houve referência à polícia, além de afirmar que a segurança dos shoppings é privada.

Sahyon disse ainda que pediu ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) a criação de "rolezódromos" na periferia. "Todos são bem-vindos, mas a entrada de milhares de jovens ao mesmo tempo compromete a segurança. Shopping não é lugar de baile funk."

No entanto, os jovens afirmam que, ao realizarem os rolês, eles querem ir aos shoppings, e não a outro lugar.

Sobre a proposta, o governo afirma que já há pontos de lazer nessas regiões, como escolas e Fábricas de Cultura.

A Alshop disse que shoppings que foram alvo de rolezinhos neste ano tiveram queda de 25% nas vendas e no movimento em ante o mesmo período de 2013.

O Palácio do Planalto agendou para a próxima quarta-feira uma reunião com representantes da Alshop. A ideia é fazer uma primeira discussão sobre os rolezinhos.


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