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Caminhão derruba passarela e mata quatro pessoas no Rio

Caçamba do veículo, que trafegava em horário irregular, estava levantada

Dois mortos andavam pelo elevado de 120 t, que desabou sobre dois carros, onde estavam as outras duas vítimas

DO RIO

A caçamba levantada de um caminhão que seguia pela Linha Amarela, uma das principais vias expressas do Rio, derrubou uma passarela que esmagou dois carros. Quatro pessoas morreram e cinco ficaram feridas --duas estão em estado grave.

O acidente aconteceu às 9h13. O tráfego de caminhões na Linha Amarela só é permitido das 10h às 17h.

Os dois minutos que antecederam o acidente foram registrados pelas câmeras de trânsito da via.

As imagens mostram o caminhão passando pela pista da direita, que tem limite de velocidade de 80 km/h, com a caçamba levantada.

Segundos depois o caminhão derruba a passarela, a uma altura de 4,5 metros.

Entre os feridos está o motorista do caminhão, Luiz Fernando da Costa. Conforme a polícia, ele seguia a 85 km/h.

No hospital, Costa disse ao delegado Fábio Asty que não percebeu quando a caçamba levantou. Explicou também que ignorou a restrição de horário porque estava atrasado.

Ele pode ser indiciado sob suspeita de homicídio culposo (não intencional) e lesão corporal culposa.

O caminhão vai passar por perícia. Segundo a polícia, a alavanca que aciona a caçamba fica embaixo do volante e seu manejo é difícil.

Funcionário da empresa Arco da Aliança, especializada na retirada de entulhos, o motorista contou que ia à zona portuária carregar o caminhão em uma obra. O veículo havia passado por revisão há pouco tempo, segundo relato de um outro empregado.

VÍTIMAS

Adriano Fontes de Oliveira, 26, e Célia Maria, 64, estavam na passarela e morreram quando a estrutura, com 42 metros de extensão, desabou. Pela via, passam 120 mil veículos por dia. Oliveira caiu em um canal entre as duas pistas. Célia bateu no asfalto.

A passarela, de 120 toneladas, esmagou dois carros. Um deles, um táxi, era ocupado só pelo motorista, Alexandre Almeida, que morreu na hora. Outro, um Palio, levava três pessoas. Renato Soares, 62, que o dirigia, morreu. Os passageiros ficaram feridos.

Pouco antes do acidente, o motorista de ônibus Antônio Carlos da Silva, 43, se aproximou do caminhão. "Fiz de tudo para avisar. Buzinei, gritei que a caçamba estava levantada e ia bater na passarela", disse Silva, em depoimento ao jornal "O Dia".

Em nota, a empresa Arco da Aliança informou que vai prestar "toda a solidariedade e assistência" às vítimas.

Ao responder sobre como o caminhão circulava em horário proibido, o prefeito Eduardo Paes (PMDB) declarou que "não houve tempo para detê-lo". (DIANA BRITO, FABIO BRISOLLA, LUCAS VETTORAZZO E BRUNO CALIXTO)


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