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Protesto ocupa estação e 'libera' catracas de trens no Rio

Manifestantes criticam reajuste da tarifa, que sobe para R$ 3,20 no domingo; ato teve participação de estudantes e 'black blocs'

BERNARDO MELLO FRANCO ADRIANO BARCELOS DO RIO

Em protesto contra o aumento na tarifa dos trens no Rio, cerca de 300 manifestantes ocuparam ontem à noite a Central do Brasil, a principal estação da cidade.

Centenas de passageiros aderiram à causa, saltaram as roletas e voltaram para casa sem pagar. A Polícia Militar entrou na estação, mas decidiu não intervir.

O ato teve a participação de estudantes e "black blocs", começou às 19h e durou cerca de uma hora. Não houve violência ou depredações. Os policiais não usaram gás lacrimogêneo, mas encobriram com coletes a identificação obrigatória nas fardas.

Os manifestantes gritavam palavras de ordem contra o governador Sérgio Cabral (PMDB) e a realização da Copa do Mundo no país.

Os coros de "Ei, Fifa, paga minha tarifa", "Cabral é ditador" e "Hoje ninguém paga" ecoavam do saguão para as plataformas lotadas.

Os passageiros que aderiram ao ato reclamavam do aumento de R$ 0,30 na tarifa, que no domingo subirá para R$ 3,20 com aval do do Estado.

"Acho abusivo o aumento. Os trens não têm qualidade nenhuma", disse a secretária Cláudia Guedes, 47, moradora de Madureira (zona norte). Na quinta, um trem saiu dos trilhos e paralisou as linhas por 12 horas.

Outros usuários fizeram questão de utilizar os bilhetes. "Isso aí é baderna. Também acho o aumento errado, mas paguei minha passagem", disse a aposentada Eunice Saraiva, 45, de Duque de Caxias.

A PM afirmou que não agiu por não ter recebido pedido da Supervia, a concessionária que administra os trens, controlada pela construtora Odebrecht. A empresa disse que o protesto foi "tranquilo" e não afetou a circulação.

Mais cedo, policiais detiveram o protético Heron Morais de Melo, 32, que usava fantasia de Batman. Ele foi liberado após retirar a máscara, conforme lei estadual que veta o adereço em protestos.

Ontem, o Tribunal de Contas do Município liberou o reajuste da tarifa de ônibus e devolveu a responsabilidade ao prefeito Eduardo Paes (PMDB), que não tomou decisão ainda. Em junho, ele elevou as passagens em R$ 0,20, para R$ 2,95, e voltou atrás após a onda de protestos.


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