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Janeiro é o mês mais quente de São Paulo em 71 anos
Média das temperaturas máximas na cidade no mês passado foi de 31,9°C, segundo o Inmet
O que os meteorologistas já esperavam ao longo desta semana se confirmou ontem: janeiro é oficialmente o mês mais quente de São Paulo, desde o início das aferições do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), em 1943.
Com o calor de ontem, que chegou a 34,5°C, a média das temperaturas máximas em janeiro ficou em 31,9°C. O valor supera a média de calor de fevereiro de 1984 de 31,8°C.
Dos 31 dias do mês, 26 tiveram temperaturas superiores a 30°C. A temperatura mais alta foi de 35,4°C, registrada no último dia 3.
Em média, os dias desse mês ficaram 4,1°C mais quentes do que o esperado.
Termômetros do CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências) da prefeitura, no entanto, chegaram a valores ainda maiores. No início da tarde, no bairro de Itaim Paulista (zona leste), eles marcavam 36,7°C.
O verão é a estação mais chuvosa, mas, neste ano, uma zona de alta pressão sobre a região Sudeste do país vem impedindo a formação de nuvens e a chegada de massas de ar que trariam chuvas da região Sul e da Amazônia e que auxiliariam no equilíbrio das temperaturas.
O calor deve continuar forte nos próximos dias, com possibilidade de chuvas isoladas à tarde. Só haverá precipitações mais significativas a partir do dia 10.
Hoje e amanhã, as máximas devem chegar a 35°C.
EFEITOS
Neste final de semana, o paulistano não deve esquecer o protetor solar, já que a radiação ultravioleta pode chegar a níveis extremos.
A secura também continuará incomodando a população. Ontem, no bairro do Ipiranga, o índice de umidade do ar chegou a 21%, o que já é classificado como "estado de atenção", segundo parâmetros da Organização Mundial de Saúde.
A previsão do Inmet é que, nos próximos dias, a umidade no meio da tarde se mantenha abaixo de 30%, podendo chegar até 20%.
A qualidade do ar também deve piorar com a poluição e o acúmulo de ozônio. Segundo a Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental), 10 das 16 estações de medição de qualidade do ar na cidade indicaram situação ruim ou muito ruim.
Contra o tempo seco, especialistas recomendam tomar muito líquido e umidificar o ambiente com vaporizadores, toalhas molhadas e recipientes com água, por exemplo.