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São Paulo estreia novo modelo de limpeza com risco de faltar garis

Parte dos funcionários não aceitou a transferência de empresas

EVANDRO SPINELLI
DE SÃO PAULO

O modelo de limpeza urbana muda amanhã em São Paulo. E são esperados problemas na varrição das ruas nos primeiros dias.

As cinco empresas de varrição trabalham só até hoje.

Amanhã, entram em vigor os novos contratos, com dois consórcios de empresas que farão, além da varrição, serviços que antes eram de responsabilidade das subprefeituras -limpeza de bocas de lobo, retirada de entulho e instalação de 150 mil novas lixeiras, por exemplo.

Por três anos de serviço prestado, as empresas ganharão R$ 2,25 bilhões.

Os funcionários que hoje trabalham nas empresas de varrição estão sendo demitidos e recontratados pelos novos consórcios. É essa transição que pode acarretar problemas, já que nem todos os garis aceitaram a proposta.

Nos primeiros dias, pode faltar pessoal, principalmente para os novos serviços -varrição aos domingos e limpeza total das ruas após a realização das feiras.

PAGAMENTO PARCELADO

Quem aceitou a transferência de emprego não vai receber integralmente a rescisão. As empresas querem pagar a dívida em até quatro vezes. A última parcela seria paga somente em 29 de fevereiro.

Moacyr Pereira, presidente do Siemaco (sindicato dos trabalhadores na limpeza urbana), diz que a grande maioria dos funcionários prefere continuar, mas uma parte deles vai abandonar o emprego.

Ontem, após a notícia do parcelamento, um grupo de garis fez um protesto no Brás, região central da cidade.

"Acho que ocorrerão problemas pontuais. Nada que comprometa a varrição da cidade", disse Pereira.

Também ontem, o prefeito Gilberto Kassab (PSD) apresentou os novos equipamentos que serão usados na limpeza, como varredeiras mecânicas para as vias de maior movimento da cidade.

No domingo, a varrição será obrigatória com, no mínimo, 25% das equipes de um dia útil -40% na região da Sé. As 150 mil novas lixeiras serão instaladas em um prazo de até sete meses.

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