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SP pode ter corredor cultural entre o Paraíso e o centro

Movimento de reabertura do Cine Belas Artes propõe incentivo para cinemas, teatros e galerias nas regiões ligadas pela av. Paulista

EDUARDO GERAQUE DE SÃO PAULO

A futura reabertura do cine Belas Artes, na Consolação, região central de São Paulo, vai levar ao processo de revisão do Plano Diretor um debate cultural e urbanístico inédito para a cidade.

Os esforços são para que o plano, que vai começar a ser discutido neste mês entre os vereadores, crie uma base legal para o surgimento de uma nova área cultural.

O corredor que vai ser negociado sairia do Centro Cultural Vergueiro, perto do Paraíso, passaria por toda a avenida Paulista, também pela rua da Consolação e chegaria ao centro da capital.

A ideia básica é criar uma zona especial de proteção à cultura e dar isenção de impostos para aquelas organizações que tenham como foco principal a produção cultural para a cidade. O setor de gastronomia também pode ser incluído entre os beneficiários da ideia.

O relator do plano, o vereador Nabil Bonduki (PT), confirma que a proposta está sendo estudada por ele.

Nessa rota, segundo estimativas da Folha, a partir do site "Dados Abertos", da prefeitura, 150 equipamentos culturais, entre salas de teatro, espaço de cinemas e vários centros culturais e galerias, seriam beneficiados pela nova legislação.

A proposta para a inserção do corredor no Plano Diretor partiu do próprio movimento Belas Artes, da sociedade civil, que conseguiu mobilizar mais de 100 mil pessoas para a reabertura do tradicional cinema paulistano.

A inauguração deve ocorrer, provavelmente, em maio.

Com problemas para pagar o aluguel do prédio, o cinema fechou na virada de 2010 para 2011. Por três anos, o movimento Belas Artes brigou pela preservação do local. Nesse período, a fachada do prédio ganhou foi tombada.

"Nós percebemos que um dos problemas do Belas Artes foi ele ter ficado muito isolado [do ponto de vista urbanístico]. Por isso, a volta dele deve ser apenas o início de um processo muito mais amplo", diz Beto Gonçalves, jornalista e um dos coordenadores do movimento social.

O acordo entre a Caixa e o cinema vai custar quase R$ 11 milhões, em cinco anos. A programação de uma das salas será indicada pela SPCine (empresa de cinema de São Paulo), voltada para filmes brasileiros.

A provável criação do corredor cultural até o centro poderá ser a salvação, também, de outros cinemas históricos de rua, como Art-Palácio, Paissandu e Ipiranga.


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