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PM infiltrado diz que UPP da Rocinha tinha tortura de traficantes

Começa amanhã júri de policiais acusados do desaparecimento do pedreiro Amarildo

DIANA BRITO MARCO ANTÔNIO MARTINS DO RIO

Em depoimento aos promotores que investigaram o desaparecimento do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza, 43, o soldado da PM Rodrigo de Macedo da Silva contou que, meses antes do sumiço, traficantes já relatavam que policiais da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) da Rocinha torturavam membros das quadrilhas para encontrar armas e drogas.

Silva ficou infiltrado entre traficantes da favela por quatro meses e ouviu de criminosos descrições de como agia uma equipe da UPP, na época comandada pelo major Edson Santos.

"Ouvi diversos relatos de traficantes de que o GPP [Grupo de Policiamento de Proximidade] do Vital costumava colocar sacos na cabeça dos traficantes para que eles informassem a localização de armas e drogas", disse ao Ministério Público, em 31 de outubro. O PM Douglas Vital, conhecido como Cara de Macaco, é um dos presos sob suspeita de envolvimento no desaparecimento de Amarildo.

Vinte e cinco PMs foram denunciados e começam a ser julgados amanhã. Entre eles estão Vital e Santos.

O ajudante de pedreiro sumiu em 14 de julho, após ter sido levado num carro da UPP para a sede da unidade. Na véspera acontecera uma grande operação policial na favela, na qual 33 pessoas foram presas.

Treze PMs estão presos e respondem por tortura mediante sequestro com resultado morte e ocultação de cadáver de Amarildo; doze estão em liberdade e são acusados de omissão e formação de quadrilha.


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