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Professor da USP reprova turma após greve de alunos Simplesmente os alunos precisam ter frequência mínima e não tiveram, diz docente Estudantes de disciplina de filosofia afirmam que vão recorrer ao Conselho de Graduação da faculdade DE SÃO PAULOA greve de alunos da USP iniciada no mês passado fez com fosse reprovada por excesso de faltas uma turma inteira, com cerca de 60 estudantes, de uma disciplina de filosofia (história da filosofia contemporânea 2). "Não foi um ato de vontade meu. Simplesmente os alunos precisam ter frequência mínima [de 70%] e não tiveram. Não posso produzir documento público falso", afirmou ontem o professor Carlos Alberto Ribeiro de Moura. Após saberem das reprovações, os alunos disseram que recorrerão ao Conselho de Graduação da unidade. Para o docente, que é titular da faculdade (nível mais alto da carreira), os estudantes agem como crianças, pois querem "greve e frequência". Abaixo, entrevista concedida ontem à Folha pelo professor, que comentou o caso informado inicialmente pelo jornal "O Estado de S. Paulo". -
Folha - Por que houve as reprovações?
O fato de os alunos terem decretado greve não interfere no cômputo de faltas?
Mas não podem haver alunos contrários à greve e que foram impedidos de entrar? E que agora estão reprovados?
Os alunos disseram que o sr. foi o único que fez tal reprovação. Os outros docentes compensaram as faltas com trabalhos, recuperação. O sr. considerou essas opções?
O sr. está sendo chamado pelos alunos de amigo do governador Alckmin, que disse que os grevistas deveriam receber aula de democracia. |
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