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Garota faz campanha para mudar os horários

Ativista de 17 anos usa as redes sociais para mobilizar os estudantes

Caçula de sete irmãos, ela perdeu a mãe aos nove anos e, desde pequena, sempre foi muito independente

DO "NEW YORK TIMES"

Antes de apresentar os argumentos a favor do adiamento do primeiro sinal, a estudante Jilly dos Santos teve que mostrar por que um início de aula mais cedo não funcionaria no distrito escolar de Columbia, que abrange uma área com 18 mil estudantes e 458 rotas de ônibus.

Teve a ideia na aula de história ministrada por uma equipe, que explora o papel da liderança. Um dia os professores mencionaram que um comitê do conselho educacional tinha recomendado o início de aulas mais cedo para resolver problemas logísticos nos cronogramas de ônibus escolares.

Jilly fez as contas. Com o primeiro sinal às 7h20, teria que se levantar às 6h. Estava apenas na segunda série do colegial e não gostava de conflitos. Mas, sendo a caçula de sete irmãos e tendo perdido a mãe com nove anos, tinha aprendido a ser independente desde pequena.

Criou uma página no Facebook e uma conta no Twitter, avisando centenas de estudantes sobre a reunião do conselho de ensino. Depois disso, entrou em contato com o Start School Later, grupo sem fins lucrativos que lhe deu munição científica para sua campanha.

Recrutou amigos e distribuiu entre eles tópicos ligados a pesquisas sobre o sono. Com uma explosão de e-mails, tentou angariar apoio de professores do ensino secundário. Lançou uma petição online.

A reunião do conselho naquela segunda-feira estava lotada. "Os adolescentes não querem levantar pela manhã. Eu sei que eu não quero. Já pesquisamos as razões biológicas disso." O conselho fez uma discussão acalorada e decidiu contra a antecipação do início das aulas.

No dia seguinte, Jilly começou a fazer campanha por um início de aulas mais tarde, somando-se a um movimento que vem ganhando apoio.

Nas escolas onde as aulas agora começam às 8h35, quase 60% dos estudantes relataram estar dormindo oito horas/noite. Em 2012 o colégio de Jackson, Wyoming, atrasou o sinal das 7h35 para as 8h55. Acidentes com motoristas de 16 a 18 anos caíram para sete, de 23 no ano anterior.

Muitos pesquisadores dizem que a qualidade do sono afeta a aprendizagem diretamente, porque as pessoas armazenam dados novos durante os ciclos de sono profundo. Durante as fases de movimento ocular rápido, o cérebro está fortemente ativo, classificando os dados apreendidos durante o dia.

Quanto mais o adolescente dorme, mais bem a informação é absorvida.


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