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CET aposenta semáforos ultrapassados

Aparelhos mecânicos foram trocados em SP por eletrônicos, que têm flexibilidade para reduzir espera de motorista

Apesar da mudança, novos equipamentos não são controlados a distância, o que dificulta a agilidade de reparos

ALENCAR IZIDORO
DE SÃO PAULO

A boa notícia é que, após mais de meia década de atrasos, a cidade de São Paulo aposentou os semáforos eletromecânicos -ultrapassados, que não permitiam programações variadas para abrir e fechar ao longo do dia.

No final de 2010, havia quase mil desses equipamentos na capital -que tem 6.151 cruzamentos com semáforos.

O último lote foi substituído na quinta-feira passada -por modelos eletrônicos, que permitem até 32 regulagens diferentes. Exemplo: das 7h às 8h, podem ser ajustados para ficar verde por 55 segundos; das 22h às 23h, por 25 segundos; e assim por diante.

Trata-se de uma ferramenta importante no trânsito, porque permite flexibilidade conforme a demanda de carros, reduzindo as esperas excessivas em alguns horários.

A má notícia é que os novos semáforos seguem isolados das centrais de monitoramento da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).

E a gestão Gilberto Kassab (PSD) não tem nem previsão para atenuar a deficiência.

Isso significa que, diferentemente do programado, anunciado e do que seria ideal, os equipamentos não poderão, inicialmente, ser regulados a distância. Eles até têm tecnologia para essa função -que dependerá, porém, de novo investimento para conectá-los às centrais da CET.

Enquanto isso, a agilidade no caso de reparos ou ajustes continuará comprometida.

"É um passo de cada vez. No curto prazo é difícil", argumenta Valter Vendramin, diretor de sinalização da CET.

Segundo ele, dois terços dos semáforos da capital seguem isolados. Além disso, só um quarto é "inteligente" (com tecnologia para abrir automaticamente a depender do fluxo) -mas muitos seguem sem funcionar em tempo real.

Vendramin diz que, mesmo assim, nesta temporada de chuvas haverá menos transtornos. Afirma que os semáforos podem apagar, mas que a retomada deve ocorrer assim que voltar a energia elétrica -e não após horas.

"São modernos, robustos, com dispositivos mais seguros, fiação nova, menos suscetíveis aos apagões", diz.

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