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"Órfãos" se despedem do ator e diretor Sergio Britto, no Rio

Artista foi enterrado ontem no cemitério São Francisco Xavier

DO RIO

Cerca de 50 "órfãos" de Sergio Britto acompanharam na manhã de ontem o enterro do corpo do ator e diretor de teatro, no cemitério São Francisco Xavier (Rio de Janeiro). Britto morreu aos 88 anos por insuficiência respiratória. Amigos e parentes se definiram como aprendizes e lembraram a dedicação com que ele atuou até o fim.

Antes de ser enterrado, o sobrinho Paulo Brito fez questão que o tio fosse aplaudido. "Um ator tem que ser aplaudido", disse ele, seguido pelos amigos no momento do sepultamento.

"Somos todos órfãos de Sergio Britto. Ele só fez ensinar. Ele praticamente só respirou teatro desde que decidiu seguir o caminho do palco", disse a atriz Renata Sorrah, com quem Britto atuou em "Os Veranistas". A peça inaugurou o Teatro dos Quatro, em 1978.

Companheira de palco de Britto por diversas vezes, a atriz Nathália Timberg afirmou que "a coisa mais linda que ele deixa é o legado".

"Ele tinha uma sede pelo conhecimento, era curioso, tinha paixão pelo teatro", disse ela, para quem o ator "morreu menino, com vontade de aprender".

Ela sugeriu aos proprietários do Teatro dos Quatros, na Gávea, que o imóvel fosse rebatizado com o nome de Sérgio Britto. Ela disse que a ideia foi aceita.

A atriz Totia Meireles afirmou que "é difícil não seguir o seu exemplo, seu amor e respeito pelo palco."

A diretora Isabel Cavalcanti, que prepara um documentário sobre o ator, disse que Britto sempre se portou como um "operário do teatro".

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