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Críticas são de quem não estuda, diz Sabesp

Presidente da empresa nega falta de planejamento contra crise da água

Dilma Pena disse que abastecimento está garantido até o fim do ano e que volume morto pode ser usado em maio

EDUARDO GERAQUE DE SÃO PAULO

Num discurso inflamado, Dilma Pena, presidente da Sabesp, defendeu ontem o planejamento do governo de São Paulo e da empresa para enfrentar a crise de falta de água nos reservatórios do sistema Cantareira.

"Quem lê, quem estuda, quem se informa sabe que a Sabesp tem planejamento", afirmou Dilma, visivelmente incomodada com as afirmações, feitas publicamente por vários especialistas do setor, de que o governo não se preparou corretamente para a crise de abastecimento.

Ela também afirmou que não vai faltar água em 2014. "Pelas nossas projeções, mesmo que chova muito pouco, e com o uso da reserva estratégica, o abastecimento da Grande São Paulo está garantido até o fim do ano."

Apesar de se dizer confiante de que os técnicos da empresa estão com a razão, Dilma não descarta que imprevistos possam levar ao racionamento, no futuro próximo.

"Qualquer pessoa minimamente inteligente sabe que temos que estar preparados para, se for necessário, tomarmos medidas mais drásticas", disse Dilma, sem usar a palavra racionamento ou rodízio, como ela prefere.

O discurso ocorreu no lançamento das obras de construção do sistema produtor São Lourenço, que também teve a presença do governador Geraldo Alckmin (PSDB).

Apesar de o governo e de a Sabesp garantirem que as obras começaram ontem, não havia nenhum operário ou material de trabalho no local durante o evento, que acabou por volta do meio-dia.

Se o cronograma oficial for mantido, a nova transposição de água, a partir do rio São Lourenço, no Vale do Ribeira, ficará pronta em meados de 2017. Apesar de, no passado, a obra ter sido anunciada para o ano de 2016.

No curto prazo, Dilma disse ontem também que o uso das águas mais profundas das represas do Cantareira, o chamado volume morto, poderá começar em maio.

"Cerca de 80% da obras para o bombeamento da reserva estratégica [volume morto] estão prontas", afirmou ontem a dirigente da Sabesp.

O uso do volume morto, e a redução do consumo de água por parte da população, por causa do bônus na conta de água, são as únicas apostas do governo tucano para evitar o racionamento antes das eleições de outubro.

Alckmin, que passou nesta semana a admitir a possibilidade de racionamento, depois de a Folha mostrar que documentos da Sabesp mencionavam essa possibilidade, voltou a dizer que não existe nada definido.

Para ele, com a ajuda da população, será possível evitar transtornos maiores, como o racionamento.


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