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Estado e prefeitura trocam acusações em crise da água

Gestão Haddad critica falta de transparência da Sabesp e diz haver racionamento

Empresa do governo Alckmin nega rodízio e afirma que declarações são deturpadas com objetivo eleitoral

EDUARDO GERAQUE CÉSAR ROSATI DE SÃO PAULO

A crise de abastecimento de água gerou ontem um embate entre as gestões Fernando Haddad (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB) --a menos de seis meses da disputa eleitoral pelo governo de São Paulo.

O secretário de Governo da prefeitura, Chico Macena, afirmou que São Paulo já enfrenta um rodízio noturno de água, adotado pela Sabesp, e disse que "é preciso transparência" por parte da companhia estadual para que a população seja avisada antes.

Ele disse que recebeu na segunda-feira um comunicado da Sabesp sobre a redução de pressão de água de madrugada --isso, para ele, já significa racionamento de fato.

A Sabesp associou as afirmações do petista às eleições.

"É no mínimo lamentável que gestores públicos usem uma reunião de natureza técnica para deturpar declarações com objetivos político-eleitorais", disse Paulo Massato, diretor metropolitano da companhia, em nota.

Segundo o executivo, "nunca foi dito por mim nem por nenhum funcionário da Sabesp que a companhia pratica qualquer tipo de rodízio ou racionamento".

A Sabesp já havia reconhecido na semana passada a redução de pressão, ao ser questionada sobre falta de água em vários bairros, principalmente à noite. A companhia disse ser resultado de manobras técnicas para remanejar água entre as represas, e não um racionamento.

O secretário de Haddad afirmou que a medida de reduzir a pressão em horários de baixo consumo é "inteligente do ponto de vista técnico", mas cobrou que haja uma comunicação prévia.

O vereador Gilberto Natalini (PV) disse que transformar a crise da água em debate eleitoral neste momento é uma "baixaria política".

CÂMARA

Também ontem, na Câmara, os vereadores da Comissão de Política Urbana aprovaram um requerimento convidando a presidente da Sabesp a se explicar.

A ideia é que Dilma Pena dê suas explicações sobre a crise e fale se o uso do volume morto (reserva de água do fundo das represas, nunca usada antes) vai trazer riscos.

Diante das chuvas dos últimos dias, o nível dos reservatórios do Cantareira teve um pequeno aumento ontem, passando de 12% para 12,3% da sua capacidade.


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