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Sabesp adia aumento de 5,4% na conta de água

Empresa abriu mão de cobrar reajuste a partir do dia 11 de maio

Medida, tomada durante uma das mais graves crises no abastecimento, foi anunciada a acionistas

HELOISA BRENHA DE SÃO PAULO

Em meio a uma crise no abastecimento de água, a Sabesp decidiu adiar o reajuste da tarifa de água, autorizado em até 5,4% a partir do dia 11 do mês que vem.

Em aviso a seus acionistas, a empresa diz que "deliberou pela postergação da aplicação do índice (...) em data oportuna até, no máximo, final de dezembro de 2014."

A medida vem em meio a uma das piores crises hídricas do Estado, que afeta o abastecimento de água da Grande SP e tem reflexos políticos para o governador Geraldo Alckmin (PSDB), que tentará reeleger-se em outubro.

Procurada na tarde de ontem, a Sabesp afirmou que não comentaria a decisão.

Em resolução publicada ontem no "Diário Oficial do Estado", a Arsesp (Agência Reguladora de Saneamento e Energia de São Paulo) autoriza a companhia a reajustar a tarifa em 5,4%, índice calculado conforme a inflação.

Em nota, a Arsesp diz que a concessionária "vivencia difíceis problemas conjunturais em razão de força maior (...)" e que pode "ajustar seus preços e práticas de mercado que visam preservar o abastecimento de água à população".

A Sabesp, porém, abriu mão de aumentar a conta de água neste momento, embora esteja arcando com custos extras da ordem de R$ 1 bilhão para garantir o abastecimento e evitar um rodízio de água em São Paulo.

Os gastos se referem, por exemplo, ao bônus de incentivo à redução do consumo na região metropolitana e a obras emergenciais para bombear reservas de água profunda no sistema Cantareira, que ontem estava com 12,2% de sua capacidade.

Com 27,9 milhões de clientes em 364 municípios do Estado, o faturamento da Sabesp é de R$ 11 bilhões ao ano.

Anteontem, o secretário de Recursos Hídricos de São Paulo, Mauro Arce, disse que a Sabesp cobrará taxa de quem gastar mais água.


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