Folha de S.Paulo

Empresa afrouxa meta de redução de desperdício

EDUARDO GERAQUE DE SÃO PAULO

Desde 2009, quando lançou seu programa de redução de perdas de água com metas definidas ano a ano até 2020, a Sabesp afrouxou, por duas vezes, seus objetivos.

Os novos valores (veja quadro) estão publicados nos relatórios de sustentabilidade da empresa.

Com essas alterações, a companhia deu como atingidas suas metas de redução no desperdício de água para 2012, o que não ocorreria se os valores de 2009 tivessem sido mantidos.

A Sabesp não disse porque alterou as metas de redução de desperdício.

Especialistas são unânimes em afirmar que a redução das perdas de água entre as estações de tratamento e os hidrômetros dos consumidores é uma medida essencial.

META OUSADA

Em 2009, a meta da Sabesp era chegar a 2020 com até 13% de perdas.

Agora, segundo a própria presidente da companhia, Dilma Pena, essa meta é de até 18%.

Essa meta é considerada ousada por integrantes da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária.

Hoje, a Sabesp perde um quarto da água que capta nas represas. A favor da empresa, especialistas dizem que em 2006, por exemplo, o índice de perdas estava em 33% e que em 2013 caiu para 24,4%. Mais que em muitos países, mas bem menor que a média nacional, de 40%.