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Novo plano da prefeitura prevê reciclar 10% do lixo até 2016

Atualmente, capital paulista reaproveita só 1,8% do que coleta

RAFAEL BALAGO DE SÃO PAULO

O novo Plano Municipal de Resíduos Sólidos, lançado pela prefeitura de São Paulo no começo do mês, prevê aumentar a reciclagem de 1,8% para 10% até 2016, levar a coleta seletiva para todos os bairros e estimular a transformação de lixo em adubo.

Há metas traçadas até 2034. A expectativa é que o reaproveitamento atinja 70%.

Sem o envolvimento de moradores, profissionais do setor e empresários, porém, a proposta pode ser mais uma a ir para debaixo do tapete.

Não é a primeira vez que um plano do tipo é criado. Em 2006, outro projeto municipal teve de ser refeito para se adequar à Política Nacional de Resíduos Sólidos, de 2010.

A lei federal trouxe propostas como o fim dos lixões e a logística reversa, que divide com as empresas a tarefa de recolher seus produtos e embalagens após o uso.

Na prática, no entanto, teve pouco impacto. Uma das ações previstas, o Plano Nacional de Resíduos Sólidos foi concluído em 2011, mas não entrou em vigor.

Falta a aprovação do Conselho Nacional de Política Agrícola, criado há dez anos, mas que nunca se reuniu. Devido ao atraso, o documento precisará ser revisto.

MEDIDAS

Para ampliar a reciclagem, a prefeitura promete aumentar a circulação de caminhões de coleta seletiva, que hoje atendem a apenas 42% dos domicílios da cidade, e trocar o modelo de pequenas cooperativas por grandes centrais mecanizadas.

Com a inauguração de quatro delas até 2016, a capacidade seria ampliada em mil toneladas por dia. Em 2013, foram tratadas cerca de 250 toneladas por dia.

A forma de remuneração também será revista. "As cooperativas têm produtividade baixa e precisam se virar para comercializar a produção. Com as centrais, a venda será unificada e o dinheiro obtido irá para um fundo comum, gerido por um conselho", explica Simão Pedro Chiovetti, secretário municipal de Serviços.

"Em vez de criar seus próximos sistemas de logística reversa, as empresas poderão aderir às estruturas municipais e, como contrapartida, investirem nesse fundo", diz.

Uma das iniciativas em análise é fechar acordos com empresas de embalagens, que comprariam materiais como plástico e metal direto das centrais da prefeitura.

O primeiro termo desse tipo deve ser assinado em maio, com fábricas de tecido. Diariamente, as empresas do Brás e do Bom Retiro geram quase 40 toneladas de recortes, que vão para aterros.

"O jeans interessa para a indústria automotiva, que o usa para forrar veículos. E as tiras de algodão servem para fazer barbante", explica Rogério Melo, diretor do Sinditêxtil-SP (sindicato do setor).

A prefeitura cedeu um galpão e os empresários equiparam o lugar com máquinas, que serão operadas por ex-catadores. A previsão de início é no segundo semestre.


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