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Grupo vai levar lista de pessoas desaparecidas para Promotoria

CIDA ALVES DE SÃO PAULO

A entidade Mães da Sé, ligada à Associação Brasileira de Busca e Defesa de Desaparecidos, vai levar os 5.000 casos que possui em seu cadastro para o Ministério Público.

A intenção é averiguar se algum dos desaparecidos consta na lista de 3.000 enterrados como indigentes pelo Estado, mesmo tendo documentos de identificação.

Segundo a presidente do grupo, Ivanise Espiridião, mães de outras cidades já estão a caminho de São Paulo para saber se seus filhos constam entre os nomes levantados pela Promotoria.

"Mesmo sabendo que o filho está morto, elas [as famílias] têm uma resposta e a busca chega ao fim", diz Ivanise, cuja filha desapareceu quando tinha 13 anos e motivou a fundação do Mães da Sé.

A procura já dura 18 anos, e Ivanise espera não encontrar o nome dela na lista.

"Se eu descobrir que minha filha morreu há tantos anos e eu só fiquei sabendo agora, serei a primeira a entrar com uma ação na Justiça. É algo demorado e desgastante, mas o Estado precisa ser responsável", diz.

COMUNICAÇÃO

Segundo a entidade, no Estado de São Paulo desaparecem, em média, 60 pessoas todos os dias. O grupo afirma que a forma como é conduzida a investigação e a falta de uma rede eficiente de informação entre delegacias e IMLs prejudicam a localização de desaparecidos mortos.

Ivanise lembra o caso da mãe de um rapaz que morreu poucas horas depois de sair de casa. Com os documentos que portava, a polícia fez a ocorrência do óbito.

"No dia seguinte, a mãe foi registrar o desaparecimento na delegacia e não houve cruzamento de dados para verificar as informações do desaparecido", conta.


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