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Professores da rede estadual entram em greve no Paraná

Cerca de 3.000 docentes e funcionários estão acampados em frente à sede do governo

ESTELITA HASS CARAZZAI DE CURITIBA

Professores e funcionários da rede estadual do Paraná entraram em greve ontem. É a primeira paralisação de docentes no Estado em 14 anos.

O sindicato diz que cerca de 70% das escolas estão sem aulas --há 1,3 milhão de alunos na rede estadual do Paraná.

Um acampamento foi montado em frente à sede do governo por cerca de 3.000 grevistas. O grupo pretende permanecer no local pelo menos até amanhã.

O governador Beto Richa (PSDB) recebeu os grevistas, mas não houve acordo. O governo informou que irá verificar o impacto das reivindicações no orçamento estadual.

Segundo professores ouvidos pela Folha, falta estrutura nas escolas, caiu o número de funcionários e o pagamento de promoções está atrasado. Há ainda queixas de atrasos na verba de manutenção.

O governo Richa enfrenta dificuldades financeiras desde 2013. Reformas em colégios foram suspensas ou postergadas e o orçamento está sendo gerido a conta-gotas.

"Há muita frustração com esse governo. De promessas, estamos cheios", diz Carlos Antônio Ferreira, 44, que trabalha numa escola em Foz do Iguaçu (630 km de Curitiba).

O governo diz que houve aumento de 50% no piso dos professores e há um concurso em fase final para contratação de novos funcionários, mas admite atraso no pagamento de promoções, que promete quitar até o fim do ano.

A secretaria de Educação afirmou em nota que foram contratados 17 mil professores e funcionários nos últimos três anos e o secretário da pasta, Paulo Schmidt, disse à "Gazeta do Povo" que há "questões eleitorais" envolvidas na paralisação.

Marlei Fernandes, presidente do APP Sindicato (que representa os trabalhadores de educação do Estado), filiado à CUT, disse que a greve é "política, mas não eleitoral".


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