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Com 37 roubos por hora, SP bate recorde de assaltos em 19 anos

Estado registra alta de 33,5% no trimestre, com 20 mil casos a mais que no mesmo período de 2013

Em março, houve aumento de roubos pelo décimo mês seguido; número de homicídios teve diminuição

DE SÃO PAULO

No trimestre em que a gestão Geraldo Alckmin (PSDB) esperava premiar policiais pela redução de crimes, o Estado bateu recorde de roubos num período de três meses desde 1995, quando o governo iniciou a série histórica.

De janeiro a março, 79.093 roubos foram registrados no Estado inteiro --quase 20 mil casos a mais do que no mesmo período do ano passado.

É como se tivesse havido 37 assaltos a cada hora --com uso de violência ou ameaça. Somente na capital paulista, houve 40.671 roubos.

No primeiro trimestre deste ano, os roubos cresceram 33,5% no Estado e 44,6% na cidade de São Paulo, no pior desempenho em 19 anos.

Em março, houve alta desses crimes pelo décimo mês seguido --de 31,2% no Estado e de 44,8% na capital em relação a março de 2013.

O secretário de Segurança Pública, Fernando Grella, disse que os crimes contra o patrimônio são a "principal preocupação" no momento.

Os roubos e os furtos de veículos também cresceram. No Estado inteiro, a alta no trimestre foi de, respectivamente, 18,5% e 12,5%.

Por outro lado, os homicídios na capital e no Estado caíram, respectivamente, 12% e 0,75% no mês passado.

Devido ao desempenho ruim na quantidade de assaltos no trimestre, os bônus previstos de até R$ 2.000 não serão mais pagos aos policiais.

Mas a gestão Geraldo Alckmin enviará à Assembleia um projeto para flexibilizar as metas, com a justificativa de "incentivar" os policiais neste início de programa.

Se consideradas somente as regras divulgadas em janeiro, nenhum policial deveria ganhar bônus.

'FENÔMENO NACIONAL'

De acordo com o secretário de Segurança, o aumento dos roubos acompanha uma alta nacional, observada em Estados que divulgaram estatísticas recentemente.

"No Rio de Janeiro, os roubos cresceram 54% em janeiro. No Rio Grande do Sul, no ano passado, o aumento foi de 12,3%. E em Minas, em dezembro passado, o aumento foi de 27,1%", afirmou.

Para Grella, é preciso que o país discuta mudanças no Código Penal para combater a impunidade. Ele afirmou que criminosos reincidentes "saem rápido da cadeia" e acabam voltando ao crime.

Defendeu ainda alterações no Estatuto da Criança e do Adolescente que permitam internações mais longas para adolescentes que cometerem infrações graves, em acordo com o que defende a gestão Alckmin (PSDB).

Questionado se o crescimento dos roubos às vésperas da Copa do Mundo preocupa o governo, Grella afirmou que não há motivos para preocupação, porque o Estado já tem "medidas estruturantes em andamento".

O secretário citou a expectativa de que uma lei que restringe a atuação de desmanches e o comércio ilegal de peças, a partir de julho, deva ajudar no combate a roubos e furtos de veículos.

Ele mencionou ainda que haverá a contratação de 7.000 PMs em 2014 e 2015.


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