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Paraisópolis, na zona sul, é a maior favela paulistana

DO “AGORA”

Com 43 mil habitantes, Paraisópolis entrou na lista do IBGE como a maior favela da cidade de São Paulo. É a oitava maior favela do país.

Em seguida, com apenas 1.708 moradores a menos, aparece outra favela da zona sul: Heliópolis, que, até agora, era considerada pela prefeitura a maior da capital.

Segundo o IBGE, os números não são iguais porque a prefeitura pode utilizar uma metodologia diferente.

Um em cada dez moradores de São Paulo vive em uma das cerca de mil favelas da cidade. Dos 11,2 milhões de habitantes, 1,2 milhão moram em casas ou barracos construídos em áreas ocupadas irregularmente, geralmente em morros, que não contam com infraestrutura básica. Ao todo, são 355 mil moradias.

PROXIMIDADE

A nova maior favela de São Paulo atrai os moradores há pelo menos 50 anos pela proximidade com o bairro nobre Morumbi, de acordo com a Maria Augusta Justi Pisani, professora de arquitetura e urbanismo no Mackenzie.

"A pessoa que precisa de dinheiro sabe que só vai ter se estiver perto de onde ele está", afirma a especialista.

Denise Maria da Silva, 26, se mudou há um ano de Heliópolis para Paraisópolis a fim de viver com o marido e ajudá-lo no bar. "Trabalhar com comércio aqui é tão bom quanto em Heliópolis", diz ela, que alugou seu apartamento na antiga favela para ajudar na renda familiar.

Seu marido, o também comerciante Maurino Santos Souza, 44, trabalhou como motorista por 15 anos em condomínios do Morumbi.

Souza saiu ainda pequeno de Itaipé, em Minas, para viver em Paraisópolis com os pais e os seis irmãos. Todos trabalharam no Morumbi. O pai, que já morreu, pintou casas de alto padrão. A mãe, aposentada, foi faxineira de casas e apartamentos de luxo.

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