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Alckmin descarta racionamento de água neste ano

Há duas semanas, governador chegou a admitir que poderia adotar a medida na cidade de São Paulo

Crise hídrica virou tema da pré-campanha pela sucessão estadual; PT acusa governos tucanos de má gestão no setor

HELOISA BRENHA DE SÃO PAULO

Em entrevista após a abertura da Parada do Orgulho Gay de São Paulo, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) descartou ontem implantar o racionamento de água na capital paulista em 2014.

Há duas semanas, Alckmin havia chegado a admitir a medida como uma possibilidade. "Se for necessário, será feito [o racionamento]."

Ontem, disse categoricamente que, com as ações implantadas para incentivar a redução do consumo, não haverá racionamento.

A crise hídrica virou tema da pré-campanha à sucessão estadual, em outubro.

No fim de abril, Alexandre Padilha, postulante do PT ao governo, usou a propaganda petista na TV para atacar a "falta de planejamento" dos governos tucanos.

A presidente da Sabesp (empresa de saneamento), Dilma Pena, reagiu acusando o petista de "oportunismo".

Alckmin aguarda o aval da Procuradoria Geral do Estado para cobrar uma taxa de 30% para quem aumentar seu gasto de água em relação à média de consumo do ano passado.

O bônus de 30% na conta de moradores da Grande SP que reduzirem seu consumo em 20% já está valendo.

Em entrevista à Folha, publicada anteontem, o secretário de Saneamento e Recursos Hídricos do Estado, Mauro Arce, declarou que o rodízio não seria necessário.

Segundo ele, o uso do "volume morto" (reserva de água profunda nas represas), previsto para começar no dia 15, e a economia de água pela população garantirão o abastecimento até março de 2015.

O secretário afirmou que o nível do Cantareira subirá 18,5% quando o uso das águas profundas começar.

Até isso acontecer, a previsão de chuvas em São Paulo é quase zero --segundo a Somar Meteorologia, apenas um milímetro até o dia 14.

Para se ter uma ideia, num temporal forte na capital paulista chega a chover até 60 milímetros em uma hora.

O nível do sistema Cantareira, que abastece quase 9 milhões de pessoas na região metropolitana, operava ontem com 10,1% de sua capacidade total.

Desde a última semana, o manancial está abaixo de 11%, marca atingida pela primeira vez na história, de acordo com a Sabesp.

Relatório da Organização Meteorológica Mundial, ligada à ONU, indica a chance de este inverno ser mais chuvoso no Sudeste brasileiro.

Especialistas veem a previsão com cautela, já que as chuvas fortes viriam só em agosto e setembro.

Ontem, Alckmin anunciou a criação de um Museu da Diversidade em um casarão tombado na avenida Paulista, via "sede" da Parada Gay. O governo ainda não tem a posse do imóvel, mas já ganhou o direito de desapropriá-lo.


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