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22% foram agredidos até 17 anos, diz Unifesp

Proporção equivale a 30 milhões de brasileiros, afirma pesquisa; violência precoce pode causar alcoolismo e depressão

Violência física parte de pais e cuidadores; 5% dos entrevistados dizem ter sofrido abuso sexual quando menores

DE SÃO PAULO

Um em cada cinco brasileiros foi vítima de algum tipo de agressão na infância ou na adolescência, mostra novo recorte do 2º Levantamento Nacional de Álcool e Drogas.

Cerca de 22% dos entrevistados pela pesquisa, feita em 2012 pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), relataram ter sofrido violência física por parte de pais ou cuidadores antes de terem completado 17 anos. A proporção equivale a mais de 30 milhões de pessoas no país.

A pesquisa ouviu 4.607 pessoas acima de 14 anos em 149 cidades e é representativa da população brasileira, segundo a Unifesp. A margem de erro é de 5 pontos percentuais.

Os tipos mais comuns de agressão, segundo a pesquisa, são empurrões, beliscões e arranhões, relatados por 12,4% dos entrevistados. Outros 11,9%, porém, disseram já ter apanhado até ficar com marcas pelo corpo.

"Em 20% dos casos em que as crianças ou adolescentes foram vítimas de violência, os agressores estavam sob o efeito de álcool", afirma Clarice Sandi Madruga, coordenadora da pesquisa.

De acordo com a pesquisadora, as consequências de sofrer agressões na infância e na adolescência são variadas. "A chance de a vítima vir a adquirir algum tipo de dependência de álcool, drogas ou até de ter depressão chega a ser quatro vezes maior", diz.

O levantamento aponta que 52% dos entrevistados que usam cocaína e 47,5% dos que usam maconha foram vítimas de violência precoce.

Além disso, 5% dos adultos disseram ter sofrido violência sexual na infância ou adolescência, o equivalente a 5,5 milhões de brasileiros. O abuso de meninas (7%) foi mais alto do que o de meninos (3,4%).

A pesquisa também detectou casos de prostituição. Mais de 1% dos entrevistados diz ter recebido dinheiro para fazer sexo antes dos 18 anos, o equivalente a mais de 1 milhão de pessoas.

Para Madruga, é preciso informar a sociedade e denunciar mais os casos. Denúncias anônimas podem ser feitas 24h por dia, pelo Disque 100.


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