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José Francisco das Chagas (1924 - 2014)

Dividia sua cama com os livros

GIOVANNI BELLO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Metade de sua cama era tomada por livros, revistas e jornais. Na outra metade, dormia. Com mais de 20 obras publicadas, José Francisco das Chagas dedicou a vida às letras e a São Luís do Maranhão.

Paraibano de Piancó, trabalhou na roça com os pais. Aos 24 anos adotou a capital maranhense e nela se inspirou para quase toda sua obra.

Por suas poesias, conquistou a 28º cadeira da Academia Maranhense de Letras. Entre seus principais livros estão "Os Telhados" (1965), "Colégio do Vento" (1974), "Os Canhões do Silêncio" (1978) e "A Castração dos Anjos" (1994). Dos seis irmãos, foi o único alfabetizado.

Nos anos 70, elegeu-se vereador, mas preferiu não tentar novo mandato. Segundo amigos, ele dizia que não podia ficar num lugar onde os homens tinham uma opinião pela manhã e outra à tarde.

Chegou a escrever para três jornais ao mesmo tempo nos anos 60. Suas colunas eram marcadas pela acidez e ironia com a política e os políticos.

Por ocasião de seus 75 anos, teve uma praça da cidade batizada com o seu nome. Ao discursar, disse que nem por isso amenizaria suas críticas.

Também era amante do cinema e da música. Em sua juventude boêmia, tocava sax em bares e saraus de amigos.

Chagas morreu no dia 13, depois de complicações com um AVC. Não foi casado nem teve filhos. Deixa inúmeros amigos e Deuzana, sobrinha a quem tinha como filha.

Guardou rascunhos de poesias com o amigo e poeta Nauro Machado, que tem a intenção de publicá-los em outubro deste ano, quando Chagas completaria 90 anos.


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