Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Parcial, greve começa a afetar aulas em universidades

Docentes e servidores de USP, Unicamp e Unesp pedem reajuste; em crise, reitorias congelaram negociação

DE SÃO PAULO DE RIBEIRÃO PRETO DE CAMPINAS

A greve nas três universidades estaduais de São Paulo ganhou nesta terça (27) a adesão de professores e funcionários da USP e de docentes da Unicamp, provocando a suspensão de aulas em diversas faculdades.

Na Unesp, novas adesões vem ocorrendo diariamente desde a última quinta (22). Entre seus 24 campi, 11 já têm paralisação de professores e 15, de servidores.

As duas categorias são contra a decisão dos reitores de não conceder reajuste salarial neste momento.

O Cruesp (entidade que representa os reitores) diz que o gasto com a folha de pagamento está acima do aceitável. Deveria estar próximo dos 85%, afirmam, mas está em 103% na USP e em 95% na Unesp e na Unicamp.

As paralisações ainda são parciais, afetando mais algumas unidades do que outras.

Na Cidade Universitária (zona oeste de São Paulo), a Poli é uma das que não aderiram à greve, e seus alunos pouco sabiam sobre o assunto.

"Vi em algum lugar que teria uma assembleia", diz o estudante de engenharia Jonatas Takara, 24.

Ele é contra a paralisação por atrasar o calendário. "Aqui, como os professores não aderem, os alunos acabam não aderindo também."

Já na FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas) a greve deve ser maciça, com a participação dos alunos. Nas paredes da faculdade, faixas diziam: "Não pagaremos pela crise".

"Acho que, até o final da Copa, nenhuma das partes deve ceder", afirma Julio Delmanto, 28, que faz pós-graduação em história.

Na Unicamp, o primeiro dia de greve dos professores e terceiro dos servidores afetou cerca de 15% das atividades das 22 unidades de ensino e pesquisa, segundo a reitoria.

Em torno de 80% dos funcionários pararam, conforme o sindicato, e 60% dos professores, de acordo com a Adunicamp (associação dos docentes). Houve suspensão de aulas principalmente nos departamentos de ciências humanas.

ASSEMBLEIA

À tarde, cerca de 400 pessoas, entre professores, alunos e funcionários da USP, Unicamp e Unesp, participaram de audiência pública na Assembleia Legislativa convocada pelo deputado João Paulo Rillo (PT).

Nela, as categorias reivindicaram a retomada das negociações salariais nas universidades e a retirada da decisão do Cruesp que congelou os salários dos servidores.

Os reitores dizem que só poderão negociar um possível reajuste a partir de setembro, após reavaliar os repasses que as universidades receberão do ICMS.

Segundo o Fórum das Seis (que reúne sindicatos e representações estudantis das três instituições), uma nova assembleia deve decidir o futuro da greve nesta quarta (28).


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página