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Jovem é baleada na mão dentro do carro do jogador Adriano

Ocupantes do veículo têm versões contraditórias, diz delegado

DIANA BRITO
DO RIO

A estudante Adriene Cyrilo Pinto, 20, foi baleada na mão esquerda dentro do BMW modelo 550i de Adriano, do Corinthians, na Barra da Tijuca, no Rio. Ela diz que ele disparou acidentalmente contra a mão dela na manhã de ontem. Ele nega e diz que a própria estudante mexia na arma do segurança dele quando ocorreu o disparo.

O incidente ocorreu por volta das 6h, pouco após Adriano, Adriene, o segurança e outras três mulheres terem deixado a boate Barra Music, na zona oeste do Rio.

A polícia investiga o jogador por suposto crime de lesão corporal culposa (quando não há intenção de machucar). A pena é de seis meses a dois anos de prisão.

Peritos coletaram amostras das mãos de Adriano e de Adriene para verificar vestígios de pólvora.

Segundo a polícia, a vítima diz que Adriano estava sentado no banco de trás, mas os demais ocupantes do carro dizem que ele estava no banco do carona.

Segundo o sargento Amilton Dias, do 31º BPM, Adriene e a amiga Viviane Faria de Fraga, também no carro, contaram no hospital que Adriano brincava com a arma quando houve o disparo.

O jogador, conforme esse relato, pegou a pistola ponto 40 do porta-luvas e retirou o pente, mas uma bala permaneceu na agulha e acabou atingindo a estudante. A arma pertence ao segurança Júlio César Barros de Oliveira, 52, que dirigia o veículo.

Mais tarde, em depoimento na delegacia, a amiga mudou a versão: confirmou que Adriano mexeu na pistola, mas disse não saber com quem estava a arma no momento do disparo. Ela disse que, ao perceber que a jovem tinha se ferido, Adriano tirou a camisa, a enrolou na mão dela e pediu ao segurança que a levasse ao hospital. E foi para o carro de outro segurança que vinha atrás, sem acompanhá-la.

Adriene foi atingida no dedo indicador e será operada.

Mais cedo, o delegado Carlos Cesar Santos, da 16ª DP, afirmara que as outras mulheres que estavam no carro disseram que a vítima se feriu mexendo na arma.

O segurança disse não ter visto nada, pois estava dirigindo. A Folha não conseguiu contato com a assessoria do jogador. O Corinthians disse que irá prestar assistência jurídica, se necessário.

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